FABRICAÇÃO DE DOCES CASEIROS RECEBEU DESTAQUE DURANTE A FENADOCE 2023

  • Com o falecimento do esposo e a ajuda dos filhos, Dona Zilda tornou-se uma das principais responsáveis pela divulgação nacional da tradição do doce caseiro de Pelotas. Fotos: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

Quem visitou a 29ª Fenadoce, de 2 a 18 de junho, certamente se encantou com a possibilidade de acompanhar de perto a produção de doces cristalizados. Na estrutura de vidro, montada na área da Cidade do Doce, funcionou a mini fábrica da empresa Dona Zilda Doces Cristalizados, que está no mercado desde 1943 e participa da feira há 28 anos.

20230617_144908A história doceira iniciou na Colônia de Santo Amor, onde Tusnelda Clasen, carinhosamente chamada de Zilda, já auxiliava a mãe na produção de doces feitos em tachos de cobre à base de frutas. O casamento com Nery Sias e a mudança para a zona urbana de Pelotas permitiu a continuidade da produção com uma pequena indústria.

Com o falecimento do esposo e a ajuda dos filhos, Dona Zilda tornou-se uma das principais responsáveis pela divulgação nacional da tradição do doce caseiro de Pelotas. Com seu falecimento, em 2014, os filhos passaram a dar continuidade no legado deixado pela mãe e seguem produzindo essas delícias.

De acordo com Cesar Sias, um dos filhos de Dona Zilda, os doces cristalizados mais populares são o figo e a caixa sortida, essa última composta por seis tipos de frutas que permitem experiências de sabores variados. Já entre os doces de corte, Cesar contou que a pessegada é referência e sucesso de vendas.

20230617_151610Na mini fábrica, foram produzidos durante a Fenadoce o figo cristalizado, a abóbora glaceada e a ambrosia. No caso do figo, Sias explicou que depois de estar cozido e sem pele, a fruta é colocada na calda de açúcar e permanece por aproximadamente duas horas e meia e depois disso, ainda úmido, é cristalizado.

Outro doce produzido e considerado nobre é a passa de pêssego. Ele é feito a partir de fatias selecionadas da fruta, as quais são colocadas na calda e desidratadas ao sol por oito dias. Esse tipo de doce remete ao período das charqueadas e eram consumidos pelas donas daqueles locais durante o chá da tarde.