SÉRIE EMPATIA NO TRÂNSITO EP. 4 – CONHEÇA A ESCOLINHA DE TRÂNSITO DA BRIGADA MILITAR

  • Mesmo com as trocas de comando, a iniciativa continuou recebendo o apoio necessário, porém em 2020, com a pandemia do coronavírus, ela precisou suspender as atividades. Fotos: Divulgação/Arquivo pessoal

A criança como agente fiscalizador das atitudes dos pais e multiplicadora da importância da consciência no trânsito. Foi com este objetivo que, em 2003, foi fundada a Escolinha de Trânsito do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), uma iniciativa que partiu de Rio Grande para ganhar o estado como um todo.

O projeto foi conduzido pelo sargento Delmar de Azevedo, enquanto atuou na 4ª Companhia do 2º Batalhão Rodoviário da Brigada Militar (BRBM). Atualmente, ele é mantido a nível estadual pelo CRBM e na região pelo 2º BRBM, através do soldado Fogliarini. No ano de 1992, quando Azevedo ainda era cabo e o pelotão rodoviário de Rio Grande tinha como comandante o major Moura, surgiu o primeiro projeto voltado a esse tema na região sul.

WhatsApp Image 2020-09-26 at 21.39.55Ele lembra que naquele período e ao longo de dez anos, foram realizadas palestras e apresentados vídeos com o objetivo de conscientizar as crianças sobre os perigos do trânsito. Como uma evolução do projeto iniciado na década de 90, surgia, no ano de 2003, com o apoio da Unimed Litoral Sul, Prefeitura Municipal e a empresa Kopp Tecnologias de Vera Cruz, a Escolinha de Trânsito no formato que se conhece atualmente.

Mesmo com as trocas de comando, a iniciativa continuou recebendo o apoio necessário, porém em 2020, com a pandemia do coronavírus, ela precisou suspender as atividades. Para deixar o projeto ainda mais atrativo, Azevedo criou a mini multa e a carteira de habilitação mirim, que continha os mandamentos do chamado Patrulheiro Mirim. Se as infrações fossem leves ou médias, o preço era uma bala, se graves um chiclete e gravíssimas um chocolate.

“Dessa forma a gente fazia com que as crianças se tornassem agentes fiscalizadores das ações de seus pais ou responsáveis”, completou Delmar. Com isso, o projeto percorreu feiras e escolas de todo o estado, o que garantiu uma participação de pelo menos 70 mil crianças por ano. O roteiro era composto de uma palestra, apresentação de vídeos educativos e a participação da criança no circuito, em um processo chamado por ele de maratona do trânsito.

No ano de 2014, Azevedo lançou um livro intitulado Criança e Adolescente: O Futuro do Trânsito, que contou com o apoio da Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Atualmente aposentado, ele continua multiplicando dicas e ações para um trânsito seguro no meio radiofônico. Radialista há mais de 30 anos, Delmar participa de programas em emissoras do segmento AM e através dos microfones das emissoras segue na sua missão de vida.

A série Empatia no Trânsito tem o oferecimento de CFC Habilitar. Pra ficar legal, CFC Habilitar, na General Osório, nº 468. Nosso conteúdo especial terá mais um episódio. No próximo domingo você vai conhecer quais são as principais infrações cometidas na ERS 734 e saber de que maneira a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) vem trabalhando para reduzir esses números. Não perca!