TARIFA DO TRANSPORTE COLETIVO DE RG É RETOMADA NA INTEGRALIDADE

  • Os valores foram reduzidos em dezembro do ano passado, após o anúncio da medida, mas com a revogação a manutenção dos atuais valores ficou inviável. Foto: Divulgação/Alexandre Machado

Foram retomados neste domingo (1) na integralidade os valores das passagens do transporte coletivo de Rio Grande. A decisão da Prefeitura Municipal levou em consideração o fim do subsídio do governo federal que permitia a tabela de preços com desconto para quem utilizava o cartão do chamado Sistema Rio Grande.

Com isso, os usuários passarão a pagar o valor de R$ 5 pela tarifa comum, R$ 2,50 para estudantes, R$ 8 para a modalidade Seletivo e R$ 4 para a linha Circular. Os valores foram reduzidos em dezembro do ano passado, após o anúncio da medida, mas com a revogação a manutenção dos atuais valores ficou inviável.

Situação semelhante aconteceu nas cidades de Pelotas e Santa Maria que também anunciaram as alterações. Durante reunião do Conselho Municipal do Transporte, realizada no último dia 26, a empresa Transpessoal apresentou os custos da operação, o qual apontou que o preço da passagem no município deveria ser de R$ 7,21.

De acordo com o secretário municipal de mobilidade, acessibilidade e segurança, Anderson Castro, a decisão do governo federal de encerrar o subsídio antes do mês de novembro tem como um dos fatores o aumento de passageiros e o consequente maior aporte de recursos que comprometeram a continuidade do pagamento.

“O diesel subiu mais de 30% só no último mês, tivemos aumento de sete por cento no salários dos funcionários no início do ano, situações que foram custeadas pelo subsídio que recebemos, tudo isso estava junto na conta. A partir do início do mês vamos ter uma conta maior, com salários e benefícios maiores, que são direitos do cidadão, mas precisamos considerar esse aumento de despesas ", completou Castro.

As gratuidades do serviço também contribuem para a situação enfrentada pelo sistema no município. Tomando como exemplo o benefício concedido para os idosos, acima dos 65 anos, são cerca de 100 mil gratuidades por mês. Na visão do secretário, parte desse custo deveria ser arcado pelo governo brasileiro, uma vez que a isenção do pagamento da tarifa decorre de legislação federal.