SAIBA COMO DEVERÁ SER O PROCEDIMENTO DE ENVIO A CUBA DOS CORPOS DAS VÍTIMAS DO ACIDENTE DE SANTA VITÓRIA DO PALMAR

  • Mesmo com o início dos contatos entre as autoridades do país caribenho e a Santa Casa, a liberação e o translado ainda não possuem data prevista para acontecer

Os corpos dos três cubanos mortos no acidente de Santa Vitória do Palmar seguem no Instituto Médico Legal (IML) de Rio Grande, quatro dias depois da colisão que vitimou fatalmente outras quatro pessoas. Mesmo com o início dos contatos entre as autoridades do país caribenho e a Santa Casa, a liberação e o translado ainda não possuem data prevista para acontecer.

As vítimas estavam a bordo de um táxi do Aeroporto Internacional Salgado Filho que se dirigia pela BR 471, no sentido Porto Alegre - Chuí, quando foram atingidas por um outro veículo que se deslocava no sentido contrário. A colisão aconteceu no início da tarde do feriado de ano novo, no km 636 da rodovia.

Para seguirem em direção a Cuba e posteriormente serem sepultados por seus familiares, os corpos deverão passar por uma logística bastante diferenciada das tradicionais que conhecemos, inclusive com o envolvimento de um agente de cargas que ficará responsável pelo transporte até o local de embarque. Para saber mais detalhes, a reportagem do site Papareia News buscou informações sobre esse procedimento junto à uma agência de navegação do município e as respostas foram repassadas tomando por base casos semelhantes.

Segundo o supervisor de exportação, André Silva de Oliveira, que atua na empresa Abrão Assessoria em Comex, caberá ao consulado de Cuba a tarefa de contratar um agente de cargas para providenciar o encaminhamento das urnas até o Aeroporto Internacional Salgado Filho, além de acompanhar o embarque das mesmas pelo terminal de cargas. Antes de serem colocados na aeronave, os caixões passarão por um scanner para comprovar se não há nenhum tipo de irregularidade, em um procedimento chamado de conferência física.

Passada esta etapa e havendo a liberação por parte dos fiscais, o embarque é autorizado e passa a ser operado diretamente pela companhia aérea, também contratada pela empresa agenciadora. Oliveira explicou, ainda, que o transporte é feito por um avião cargueiro, a menos que uma aeronave comercial seja fretada exclusivamente para este fim.

Por conta dos fatores relacionados ao processo de decomposição, André informou que essas cargas possuem uma especificação de urgência e cada um dos corpos é transportado com documentos que facilitem a identificação antes, durante e depois do voo. As questões administrativas que envolvem esse processo podem ser realizadas em menos de 12 horas, chegando no máximo a um dia.

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Texto: Rodrigo de Aguiar

rodrigo@papareianews.com