INNOVAR PARTICIPAÇÕES PREPARA UMA NOVA RHEINGANTZ

  • Atenção especial está sendo dada ao antigo escritório central, edificação tombada pelo patrimônio histórico e que estava bastante danificada. O telhado foi totalmente retirado, assim como as estruturas, e o novo madeiramento deverá ter sua colocação iniciada na próxima semana. Fotos: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

As obras de restauro do complexo Rheingantz estão sendo conduzidas mesmo no período de pandemia e o objetivo da empresa Innovar Participações é devolver o espaço para a comunidade rio-grandina com projetos diferenciados. Quem passa diariamente pela avenida de mesmo nome e vê o portão principal fechado, não imagina o trabalho de recuperação que está sendo desenvolvido.

A reportagem do site Papareia News esteve visitando o canteiro de obras e conhecendo o trabalho que está sendo colocado em prática. As atividades tiveram início 12 dias antes do previsto, no início do mês de abril, em razão das condições meteorológicas, que previam a passagem de um ciclone extratropical, aliado ao estado de conservação do madeiramento do telhado que estava sofrendo com a ação do tempo e dos cupins.

As obras estão sendo realizadas em diversas frentes, porém, uma atenção especial está sendo dada ao antigo escritório central, edificação tombada pelo patrimônio histórico e que estava bastante danificada. O telhado foi totalmente retirado, assim como as estruturas, e o novo madeiramento deverá ter sua colocação iniciada na próxima semana.

20200817_154014De acordo com o gerente do projeto Rheingantz, Ricardo Gomes Henriques, a limpeza do local tem ajudado a sanar problemas relacionados a umidade e também a revelar cores e ornamentos originais das paredes. Lá dentro, um time de carpinteiros trabalha na confecção do novo madeiramento que será formado por peças de eucalipto citriodora, uma das sugestões feitas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE).

O trabalho é minucioso e todas as peças possuem encaixes feitos à mão, lembrando exatamente a estrutura original. Conforme Henriques, o madeiramento é considerado fora dos padrões atuais do mercado e por isso teve de ser produzido especialmente por uma empresa de Piratini e, além disso, todas receberam tratamento anticupim, o que garantirá a preservação do telhado pelos próximos cem anos.

Todos os trabalhadores do canteiro respeitam as regras estabelecidas pelas autoridades sanitárias, tendo em vista a pandemia do coronavírus. Atualmente, cerca de 30 pessoas trabalham no espaço, mas no auge das medidas restritivas, o local chegou a ficar com apenas quatro trabalhadores. O fato do prédio estar em ruínas e apresentar riscos de desabamento foi o que determinou a continuidade das atividades.

Novos investimentos estão previstos, porém não podem ser anunciados em razão do respeito aos trâmites contratuais, mas muito em breve poderão ser divulgados ao conhecimento da comunidade.