SÉRIE SOLDADOS DO FOGO EP. 4 - AS VIATURAS OPERACIONAIS
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Por se tratar de um serviço de múltiplas aplicações, as viaturas da cidade podem ser facilmente comparadas a um quartel sobre rodas. Fotos: Rodrigo de Aguiar/Papareia News
Rio Grande é um dos poucos municípios do estado com um quartel de bombeiros composto por viaturas em perfeitas condições de operação. Os investimentos feitos através de convênios, doações e repasses de verbas de fundos específicos, garantem que a frota esteja sempre preparada.
No dia de nossa reportagem, a guarnição de serviço tinha à disposição, além do caminhão titular, outros dois que poderiam ser utilizados a qualquer momento. Por se tratar de um serviço de múltiplas aplicações, as viaturas da cidade podem ser facilmente comparadas a um quartel sobre rodas.
Engana-se quem pensa que um caminhão de bombeiros é formado somente por um tanque de água e mangueiras. Muito pelo contrário, nele existem os mais variados tipos de materiais que vão desde a corda para o resgate de um animal até um desencarcerador, equipamento que é capaz de cortar um carro da mesma forma que uma tesoura corta um pedaço de papel.
São tantos equipamentos que cada uma das viaturas possui a sua própria lista e que são conferidas a cada turno de trabalho. Mesmo ainda não contando com o chamado Atendimento Pré-Hospitalar (APH) os caminhões possuem bolsas de primeiros socorros e macas rígidas, o que permite a estabilização de uma vítima de acidente de trânsito antes da remoção para o hospital por uma ambulância.
As laterais dos caminhões contam com armários, locais onde são guardados os demais equipamentos. Nesses espaços é possível encontrar geradores de energia, motosserras, cilindros de oxigênio, cordas, mangueiras, pequenas ferramentas, entre outros ítens. O tanque de água, claro, tem capacidade de cinco mil litros.
Toda viatura do Corpo de Bombeiros possui a sirene característica que, ao ser ouvida, permite identificar quem está pedindo passagem. Entre os militares ela é conhecida como Fá Dó e se você pensou em notas musicais não está errado. Segundo a empresa Mitren, fabricante de veículos de emergência, a união delas e a reprodução em sequência compõem a chamada sinalização sonora da viatura.
Para que o caminhão também possa ser visto de longe, existe a sinalização visual. Conhecidas popularmente como giroflex, as barras luminosas são formadas por conjuntos de leds que permitem que elas pisquem de formas diferenciadas e cada uma delas tenta passar uma mensagem diferente aos condutores.
Além disso, durante o combate ao incêndio, o eixo cardan do caminhão é desacoplado da transmissão para o eixo traseiro e passa a ser utilizado para tracionar a bomba de água. Isso permite fazer uso de toda a potência do motor em favor da bomba e enquanto o procedimento é realizado, a viatura não consegue ser movimentada.
No próximo domingo, você vai conhecer a rotina do setor de prevenção, local que ganhou ainda mais visibilidade depois da tragédia da boate Kiss, em Santa Maria, e que é responsável pelas vistorias e liberações dos alvarás dos Planos de Prevenção e Combate a Incêndios (PPCIs). Não perca!