VELÓRIO DE BOMBEIRO RIO-GRANDINO É MARCADO POR HOMENAGENS DOS COLEGAS

  • O quartel do Corpo de Bombeiros do centro, onde funciona a sede do 3º Batalhão de Bombeiro Militar (BBM) foi o local destinado para as últimas homenagens. Fotos: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

Sentimentos de tristeza e saudade marcaram o velório do primeiro tenente do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS), Glaiton Silva Contreira, de 52 anos. O oficial, natural de Rio Grande, foi morto pelo enteado no último domingo, na cidade de Sapiranga, e segundo a Polícia Civil o motivo teria sido a partilha de uma casa.

O quartel do Corpo de Bombeiros do centro, onde funciona a sede do 3º Batalhão de Bombeiro Militar (BBM) foi o local destinado para as últimas homenagens. De acordo com o comandante do 3º BBM, tenente coronel Everton de Souza Dias, esse tipo de cerimônia não é comum em unidades militares, mas serviu como uma forma da instituição homenageá-lo.

Dias trabalhou com Contreira na Escola de Bombeiros, no ano de 2011, e destacou o comprometimento do profissional nas missões e no preparo dos alunos que ingressavam na academia. “Quando foi cogitada a possibilidade de realizarmos o velório no quartel, ela foi prontamente atendida. Ele dedicou a vida para a instituição”, afirmou o comandante.

“A pessoa que se destina a ir para a academia merece receber todo o destaque, pois seu perfil pessoal e profissional servirá de modelo para os demais”, completou Everton. O subcomandante-geral do CBMRS, coronel Lúcio Alex Ruzicki, representou o comandante-geral da instituição, coronel César Eduardo Bonfanti.

20201028_112935“Nosso sentimento é de profunda tristeza. Era um profissional de excelente qualidade que iniciou em Rio Grande, em 1989, galgou todos os postos e graduações, conquistando a estrela de tenente do oficialato na corporação. Como comandante dos municípios em que estava também fez a diferença. Nos pegou de surpresa, estamos todos consternados”, afirmou.

Colegas de profissão, integrantes dos mais variados postos, vieram da região metropolitana em um ônibus da corporação para também prestar as últimas homenagens ao comandante de pelotão que, acima de tudo, era um amigo e incentivador dos demais militares. O semblante dos militares, acostumados com as mais variadas situações, hoje era de profunda tristeza.

Pontualmente às 11h15, o caixão, coberto com a bandeira do Brasil, deixou o quartel do Corpo de Bombeiros e seguiu no carro funerário em direção ao cemitério católico, onde aconteceu o sepultamento. As sirenes dos caminhões em que muito Contreira trabalhou tocaram pela última vez, a medida em que o corpo do oficial e o cortejo fúnebre ingressavam no local.