POLINIZANDO O PAMPA MONITORA AS COLMEIAS APÓS O CICLONE QUE ATINGIU O RS

  • Os produtores rurais estão aprendendo a importância do cuidado redobrado no inverno, especialmente quando ocorrem eventos inesperados como o ciclone. Fotos: Divulgação/Polinizando o Pampa

A Equipe da Empresa Halinski Soluções Ambientais e Estatísticas que executa o Projeto Polinizando o Pampa percorreu a Ilha dos Marinheiros, a APA da Lagoa Verde e o Banhado do Maçarico monitorando as abelhas sem ferrão Jataí, após o ciclone que atingiu o Rio Grande do Sul em julho. Este é um projeto da Secretaria Municipal do Meio Ambiente da Prefeitura do Rio Grande que tem como objetivo principal restaurar as populações de abelhas no Bioma Pampa através de três eixos produtores rurais, educação ambiental na rede de ensino pública municipal e visitação em locais urbanos.

WhatsApp Image 2023-08-04 at 14.00.22Os locais recebem visitas mensais de monitoramento para orientações e aprendizado contínuo, através da prática nas propriedades rurais e no Horto Municipal do Cassino. O inverno é um período crítico para as abelhas, pois há escassez de flores com pólen e néctar. Este inverno contou com um fator agravante que foi o ciclone extratropical que devastou o município de Rio Grande trazendo diversos prejuízos na cidade afetando diretamente a sobrevivência das abelhas na região.

Mediante o comunicado de ciclone a bióloga Dra. Rosana Halinski, coordenadora do projeto pela empresa executante, passou orientações como abrigar as colmeias dentro de galpões e locais fechados durante o ciclone e orientações para intensificação de alimentação com bombons de pólen e xarope de água com açúcar foram solicitados aos participantes.

WhatsApp Image 2023-08-04 at 14.00.23"Diversos produtores tiveram suas casas destelhadas, estufas rasgadas e muitos estragos nas propriedades, no entanto a maioria conseguiu salvar suas abelhas adotando as estratégias passadas para abrigá-las e cuidando da alimentação", disse Halinski. "Em nossa visita reforçamos a importância do pólen, que é a fonte proteica para as abelhas, e do xarope e sua reposição em dois a três dias, porque após isso fermenta e pode atrair inimigos das abelhas como os forídeos", complementou ela.

Com o passar dos anos, as abelhas no Rio Grande do Sul adotaram uma estratégia que se chama diapausa reprodutiva, isto é, estocam alimentos na primavera e verão e no inverno cessam as atividades externas da colônia, consumindo só os alimentos estocados e a rainha para de colocar novos ovos. Os produtores rurais estão aprendendo a importância do cuidado redobrado no inverno, especialmente quando ocorrem eventos inesperados como o ciclone. Eventos climáticos que alteram a temperatura, umidade e ventos afetam diretamente a sobrevivência das abelhas sem ferrão, dificultando sua sobrevivência e adaptação rápida as novas condições.

Assessoria de comunicação Polinizando o Pampa