COMEÇA A 2ª ETAPA DO PROJETO POLINIZANDO O PAMPA

  • Ao todo, 175 colmeias vão ser distribuídas, não só para produtores rurais, como também em escolas e em áreas urbanas. Fotos: Divulgação/Polinizando o Pampa

Teve início nesta quarta-feira (25), a segunda etapa do projeto Polinizando o Pampa. Ao todo são 15 produtores beneficiados que estão localizados na Reserva da Vida Silvestre Banhado do Maçarico, unidade de conservação estadual; na Área de Proteção Ambiental Lagoa Verde, unidade preservação municipal; e na Ilha dos Marinheiros.

Estes são pontos considerados estratégicos por importância ambiental e carência de informações. A equipe iniciou o trabalho em novembro de 2022, quando os produtores receberam capacitação teórica para a criação de abelhas, e vai ser desenvolvido ao longo de dois anos, com acompanhamento mensal.

IMG-20230127-WA0027O projeto é coordenado pela empresa Halinski Soluções Ambientais e Estatísticas, contratada pelo município para esse trabalho por meio de uma licitação. Em contrapartida, os produtores precisam participar de capacitações, receber mensalmente os pesquisadores nas suas propriedades e responder a questionários socioeconômicos e ambientais durante o projeto.

A iniciativa também contará com educação ambiental nas escolas da região, jardins urbanos e diversos materiais educativos sobre abelhas. Como o foco do programa é a espécie jataí, sem ferrão, as crianças podem manuseá-la sem problema e assistir em tempo real em que estágio está a colmeia. O projeto entrega dez caixas a cada produtor.

A agricultora Marilane Figueiredo Caseira, de 62 anos, da Ilha dos Marinheiros, é uma das selecionadas pelo projeto. Ela trabalhou a vida inteira na pesca e na agricultura e vê na criação das abelhas Jataí, uma espécie sem ferrão, uma oportunidade de aumentar a renda familiar.

“Se não tiver as abelhas para polinizar, vai faltar frutas, legumes. Meu pai tinha criação de abelhas Jataí e vejo no projeto Polinizando o Pampa a oportunidade de aumentar a renda da familiar e ajudar a recuperar o Bioma Pampa, que está muito degradado”, relatou dona Marilane.

IMG-20230127-WA0026As entregas estão sendo feitas aos poucos, a depender da disponibilidade dos produtores em receber as caixas, de acordo com o secretário do Meio Ambiente de Rio Grande, Pedro Fruet. Segundo ele, o projeto teve boa receptividade dos produtores e escolas e agora investe na comunicação social. Ao todo, 175 colmeias vão ser distribuídas, não só para produtores rurais, como também em escolas e em áreas urbanas.

“Iniciamos nessa semana a segunda etapa do projeto distribuindo as caixas com as colméias para os produtores. A abelha Jataí é bastante rústica. De adaptabilidade alta, consegue fazer ninhos em vários lugares e produz um mel muito saboroso e diferenciado. Ou seja, ótima para ser a primeira abelha a se criar”, destacou Rosana Halinski, doutora em zoologia e proprietária da empresa contratada para o projeto, Halinski Soluções Ambientais e Estatísticas, coordenadora do projeto.

Assessoria de comunicação