HOMENAGENS OFICIAIS A IEMANJÁ NO CASSINO TIVERAM INÍCIO EM 1975

  • Em 1973, o escultor rio-grandino Érico Gobbi concluiu a estátua que se conhece nos dias atuais, que foi adquirida pelos umbandistas pelo valor de 35 mil cruzeiros. Foto: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

Com o passar dos anos, a estátua de Iemanjá se transformou em um dos pontos turísticos mais visitados do Cassino. No dia 1º de fevereiro, data em que a Rainha das Águas é reverenciada, o local recebe uma grande quantidade de fiéis, mas em 2021, por conta da pandemia do coronavírus, esse número acabou sendo reduzido e as homenagens diluídas ao longo dos próximos dias.

Para que a data não passasse em branco, a 46ª edição da festa em louvor a Iemanjá ganhou o universo das redes sociais e pode ser conferida de casa pelos praticantes das religiões de matriz africana. A iniciativa foi da União Rio-grandina de Cultos Umbandistas Afro-brasileiros Mãe Iemanjá (Urumi), presidida pela Mãe Maria da Jurema da Marola, e chancelada pela Prefeitura Municipal.

As celebrações religiosas tiveram início em 1963, em uma iniciativa do então vereador, João Paulo Araújo, e de Nilza Araújo, fundadores da Liga Espírita de Umbanda Rio-grandina Mãe Iemanjá no mesmo ano. Dez anos depois, em 1973, o escultor rio-grandino Érico Gobbi concluiu a estátua que se conhece nos dias atuais, que foi adquirida pelos umbandistas pelo valor de 35 mil cruzeiros.

O valor pago pelo trabalho artístico foi adquirido através de doações e eventos realizados pelos umbandistas, no ano de 1974. Um ano depois, foi realizada a primeira festa oficial que ficou marcada pela inauguração do monumento. As homenagens foram incluídas no calendário do município no ano de 1999 e em 2008 ela foi reconhecida como patrimônio cultural do Rio Grande do Sul.