FÁBIO BRANCO FALA SOBRE SAÚDE, ECONOMIA E MOBILIDADE DURANTE ENTREVISTA

  • Branco falou sobre questões relacionadas a economia do município, parcerias que devem ser estabelecidas para o desenvolvimento da cidade, duplicação da ERS 734 e da Roberto Socoowiski. Foto: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

A partir do dia 1º de janeiro, Fábio Branco assumirá o comando do executivo rio-grandino pelos próximos quatro anos. Eleito com 43.952 votos, o atual deputado estadual pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) já estava iniciando o processo de transição junto ao prefeito municipal, Alexandre Lindenmeyer, porém o diagnóstico positivo para o coronavírus impactou de certa forma o planejamento.

Em entrevista ao site Papareia News, na tarde desta terça-feira, Branco falou sobre questões relacionadas a economia do município, parcerias que devem ser estabelecidas para o desenvolvimento da cidade, duplicação da ERS 734 e da Roberto Socoowiski, entre outros pontos. Confira abaixo o que disse o prefeito eleito.

Papareia News – O diagnóstico positivo para o coronavírus tem atrapalhado o processo de transição que havia sido iniciado?

Fábio Branco – “Ele atrapalha um pouco, porque poderiam ter algumas reuniões presenciais que tenho evitado por conta do isolamento. Como eu estou assintomático, ou seja, não tenho nenhuma dificuldade de conversar ou fazer reuniões virtuais ou por telefone, eu tenho conseguido avançar.

Nós estamos nos organizando. Já fizemos um encaminhamento para o executivo com algumas informações importantes e a partir desta resposta, nós vamos começar a fazer as reuniões sobre as secretarias, pensando já na transição, além de algumas áreas que eu entendo como mais urgentes: as áreas da saúde, educação, finanças e o Cassino, por conta da temporada.”

PN – Na primeira entrevista como prefeito eleito, o senhor falou sobre esperar um processo de transição transparente e republicano. Isso está acontecendo da forma esperada?

FB – “Sim, totalmente. É tão republicano que teve até um decreto regulamento e dando todas as diretrizes de todo o período de transição. Então, tendo esse decreto, realmente tem facilitado e vai facilitar, tendo demonstrado o prefeito Alexandre sua preocupação para que a transição seja o mais transparente e rápido possível, em termos de agilidade nos nossos encontros.”

PN – Como reerguer economicamente a cidade do Rio Grande?

FB – “Rio Grande tem que melhorar o ambiente de negócios e ser mais receptivo ao desenvolvimento. Para isso, nós queremos alterar legislações, integrar mais as secretarias, ser mais proativo com o investidor e também ser mais agressivo na venda das nossas potencialidades.

A ideia é nós nos aproximarmos mais do governo do estado, principalmente da Superintendência do Porto, para que a gente consiga, a partir do distrito industrial, identificarmos projetos estruturantes, que eu entendo como a termelétrica, que a gente consiga trabalhar tecnicamente para preparar o município para o próximo leilão.

Nós queremos mudar o Código de Edificações, mexer no Plano Diretor e no próprio licenciamento ambiental. Entendemos que precisam ter alguns parâmetros que estão sendo trabalhados a nível estadual e federal para que a gente consiga ter os licenciamentos ambientais mais rápidos.”

PN – Quais as expectativas para os próximos quatro anos?

FB – “Eu estou muito otimista, talvez com a própria recuperação do Brasil, que a gente consiga ter essa situação da pandemia resolvida, a partir da vacina. O que eu senti nessa campanha, e por isso decidi a concorrer, eu notei muitas pessoas querendo ajudar, colaborar com a gestão e fazer com que a gente consiga trazer inovações.

Sei que nós vamos ter que mexer estruturalmente na administração, vamos ter que diminuir o tamanho da máquina pública, mas acredito que é possível fazer a partir dessa característica que nós vamos ter, que é o diálogo na gestão, mesmo que seja com os diferentes, mas nós vamos ouvir e queremos escutar as sugestões.”

PN – Na sua visão, qual setor do município precisa receber mais atenção?

FB – “Primeiro pela urgência e pela situação, a saúde. A curto prazo, nós temos uma demanda reprimida muito grande que nós precisamos resolver. Tem muitas pessoas com cirurgias eletivas, exames e muitas situações que precisam ser resolvidas. A outra questão é a economia: nós precisamos gerar empregos e aumentar a receita do município.”

PN – De que maneira resolver os problemas relacionados à mobilidade urbana, como a ERS 734? A condição de deputado e de ter chefiado a Casa Civil pode influenciar em alguma coisa?

FB – “Eu acho que até já influenciou. Eu preciso agradecer muito ao governador Eduardo Leite, que aceitou a proposta que eu fiz. Nós já temos uma solução para a ERS 734, no primeiro lote, quando eu digo do trevo até a Junção, que é o decreto de excepcionalização que o governador já fez e nós vamos executar essa obra através da iniciativa privada.

Nessa semana, eu vou ter um encontro virtual com a diretoria da Refinaria. Já falei com as diretorias da Havan, do Atacadão, Grupo Guanabara e Bianchini. Acredito que com essas empresas nós temos condições de fluxo de caixa e capacidade de imposto a pagar para a execução dessa obra o mais rápido possível.

Vamos começar a discutir com as secretarias estaduais de Transporte e da Fazenda ainda este ano para que a gente possa ter essa solução em breve. Falando em mobilidade, a partir de 1º de janeiro eu vou ir em busca da solução que é a duplicação da Roberto Socoowiski. Resolvendo essas duas rodovias, nós resolveremos o gargalo da mobilidade urbana no município.”