ECOSUL INOVA COM PROJETO DE RECICLAGEM DE PAVIMENTO COM MATERIAL FRESADO (RAP)

  • No projeto da concessionária o material retirado da rodovia, chamado popularmente de “fresado”, é classificado para que possa se somar a estes componentes. Fotos: Kevin Valente e Johny Calegaro/Ecosul

A inovação aliada à sustentabilidade fez surgir um projeto inédito entre as concessionárias de rodovias do país. A Ecosul transformou o material fresado (RAP), removido das rodovias, em um importante componente para as misturas asfálticas que são usadas nas novas obras de conservação do Polo Rodoviário Pelotas. “Em vez de descartar um material que já foi pavimento, o reutilizamos, gerando impactantes ganhos ambientais”, destacou o gerente de engenharia da concessionária, Jean Rodrigues. Ele está à frente do projeto-piloto que na próxima semana será apresentado à Coordenadoria de Inovações do Grupo Ecorodovias.

BR-116 km 541 - Foto_Johny Calegaro_Ecosul (4)Para compreender a abrangência da iniciativa é preciso entender a “receita” de produção do asfalto. Nela, é utilizada uma combinação de materiais virgens, como por exemplo a brita - extraída de pedreiras, pó de pedra, materiais minerais, entre outros componentes que misturados ao ligante asfáltico proveniente do petróleo - recurso não renovável, formam o Concreto Asfáltico Usinado a Quente (CAUQ). No projeto da concessionária o material retirado da rodovia, chamado popularmente de “fresado”, é classificado para que possa se somar a estes componentes.

Obedecendo à qualidade e aos padrões técnicos necessários, passa a ser componente da mistura asfáltica. “Conseguimos com isso reutilizar um material que não tinha uso nobre e depois de beneficiado volta para pista em forma de asfalto novo”, resumiu Jean. Desde o começo dos testes, em novembro de 2020, a empresa deixou de utilizar 26 mil toneladas de material pétreo nas obras de recuperação das rodovias.

“Isso é literalmente deixar de extrair da natureza esse material, ou seja, um ganho gigantesco na cadeia de redução de emissão de gases pelo transporte de materiais, extração de pedras, em toda a pegada ecológica”, afirmou. Segundo dados do Setor de Engenharia, isso se traduz em aproximadamente 1,2 mil caminhões caçambas carregadas de pedra, em sua capacidade máxima.