CONHEÇA A HISTÓRIA E A ESTRUTURA DO 6º GAC QUE COMPLETA 78 ANOS NESTA QUINTA-FEIRA
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No ano de 1878, o ministro da guerra, general Osório, determinou a construção do prédio atual, no quadrante compreendido pelas ruas Moron, Senador Corrêa, Garibaldi e Avenida Major Carlos Pinto. Fotos: Rodrigo de Aguiar/Papareia News
O 6° Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) completa, nesta quinta-feira, 78 anos de fundação. No entanto, a presença do Exército Brasileiro (EB) no município é mais antiga e data de 1737, com a chegada do Brigadeiro José da Silva Paes. Na última sexta-feira, a reportagem do site Papareia News conheceu a estrutura do quartel para esta matéria especial.
Nossa visita foi guiada pelo subtenente Valdomiro e começou pelo memorial, construído em 2007, na Praça das Forças Armadas, e que traça a história percorrida pela instituição verde-oliva na primeira cidade do Rio Grande do Sul. No local, réplicas de materiais e de vestimentas da época, ajudam o visitante a se ambientar em cada uma das vitrines.
O EB foi extremamente importante na expulsão dos invasores espanhóis da então Vila do Rio Grande, na metade do século XVIII, porém o medo de uma nova invasão ainda rondava o imaginário da população da época. Com isso, uma linha de muralhas foi erguida do Saco da Mangueira até o Canal do Rio Grande.
Anos mais tarde, durante a Revolução Farroupilha, o então major da Guarda Nacional, Emílio Luiz Mallet, reconstruiu e ele mesmo guarneceu as novas trincheiras, pois as antigas haviam sumido na areia. Registros apotam que elas teriam sido erguidas próximas de onde hoje fica localizado o canalete.
Essas trincheiras também separaram a cidade em duas partes, no que hoje se conhece como cidade nova e cidade velha. No ano de 1878, o ministro da guerra, general Osório, determinou a construção do prédio atual, no quadrante compreendido pelas ruas Moron, Senador Corrêa, Garibaldi e Avenida Major Carlos Pinto.
A primeira unidade militar a ocupar a estrutura foi 53º Batalhão de Caçadores (BC) até 1908, quando houve sua extinção e criação do 9º Batalhão de Artilharia de Posição (BAP). Também passaram pela cidade o 5º Grupo de Obuses (GO), o 3º Grupo de Artilharia Pesada e no período de infantaria, o 39º BC e o 1º e 9º Regimento de Infantaria (RI).
No ano de 1942, com a entrada do Brasil na II Guerra Mundial, o decreto-lei nº 4.714 criou o 7º Grupo Móvel de Artilharia de Costa (GMAC) levando em consideração o ponto de relevância estratégica do município. O efetivo ficou organizado provisoriamente na cidade do Rio de Janeiro e em 1º de outubro daquele ano, ocupou suas instalações em Rio Grande.
Os militares chegaram na cidade às seis horas da manhã do dia 28 de novembro de 1942, depois de uma viagem de trem que teve duração de nove dias. A unidade era composta por duas baterias de canhões e uma seção extra que ficaram instalados provisoriamente nos armazéns 3 e 4 do Porto Velho.
No dia 3 de fevereiro de 1943, por razões do conflito mundial, uma dessas baterias guarneceu os molhes da barra e outra ocupou a Fazenda Petroni, atualmente conhecida como Fazenda Tamandaré, em São José do Norte. Enquanto isso, a seção administrativa foi deslocada para a região da 4ª Secção da Barra.
Em 1946, o 7º GMAC foi renomeado para 7º Grupo de Artilharia de Costa Móvel (GACM). No ano seguinte, todas as baterias se juntam na cidade de São José do Norte para formar o 7º Grupo de Artilharia de Costa Motorizado (GACMtz), onde permaneceram por dois anos até ocupar definitivamente o quartel que se conhece atualmente.
Ao completar 30 anos de atuação, em 1972, o então presidente da república, Emílio Garrastazu Médici, criava o 6º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) que iniciaria suas atividades em 1º de janeiro de 1973. Em 1990, a unidade recebeu a denominação histórica de Marquês de Tamandaré, em homenagem ao patrono da Marinha, nascido em Rio Grande.
Nesta data especial, o site Papareia News apresenta a você o que existem por trás dos portões e das paredes de 70 centímetros de espessura, ou seja, como está estruturado o quartel. Tomando como referência a Praça das Forças Armadas, à esquerda e com dois pisos, com frente para a Rua Moron, está localizado o pavilhão de comando da organização militar.
À direita, também com dois pisos, e com frente para a Rua Moron, está instalada a Bateria de Comando. Na parte interna, além do pátio de eventos, no pavilhão esquerdo superior, fica alojada a Segunda Bateria de Obuses e no pavilhão direito superior, a Primeira Bateria de Obuses. Nas janelas com frente para a Rua Senador Corrêa está instalada a administração.
Na parte de trás, ente os pavilhões das baterias e o Canalete estão localizadas a cozinha e os refeitórios. Aquele onde cabos e soldados fazem suas refeições é chamado internamente de rancho e o espaço destinado aos oficiais e sargentos é denominado Cassino. É nesse local que acontecem as recepções de eventos realizados pelo comando.
A estrutura também é composta pela garagem, localizada do outro lado do canalete. No local são estacionadas as viaturas operacionais, além dos setores de manutenção e pintura. Na parte externa da praça, está instalado o pavilhão da saúde, onde são administrados todos os assuntos relacionados a esse tema, além da área destinada aos militares da reserva.