CERIMÔNIA DE ENTREGA DA BOINA VERDE-OLIVA É REALIZADA PELO 6º GAC

  • As boinas verde-oliva foram entregues pelos militares mais antigos que participaram do período de instrução ao som do Tema da Vitória, muito comum nas corridas vencidas pelo piloto brasileiro Ayrton Senna. Fotos: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

Jovens incorporados ao efetivo do 6º Grupo de Artiharia de Campanha (GAC) concluíram, nesta quinta-feira, o período de formação de combatente básico que é simbolizado pela entrega da boina verde-oliva. A partir de agora, os recrutas passam a condição de soldados e iniciam o aperfeiçoamento na área de artilharia.

A atividade de campo básico foi realizada em uma área de loteamento que está sendo construída no final da Rua Roberto Socoowiski e aconteceu em um período curto de apenas três dias. Diferentemente do que acontecia em anos anteriores, a solenidade não contou com a participação de familiares dos novos militares.

20210429_195640Para marcar esse momento atípico, os integrantes do efetivo realizaram uma marcha que iniciou no local onde ocorreram os treinamentos e se estendeu até a sede do 6º GAC, onde foram entregues as boinas. A atividade acabou chamando a atenção de muitas pessoas que comentaram a cena nas redes sociais.

No pátio do quartel, eles foram recebidos pelo comandante da unidade, tenente-coronel Pedro Ivo de Almeida Silva. Com os integrantes das três baterias perfilados e com o prédio no escuro, o oficial fez um rápido discurso em que lembrou o período de formação dos jovens e falou sobre a tradição que o momento representa para a vida militar.

Após o brado "Aos melhores, as missões mais difíceis", as luzes se acenderam e foram seguidas por uma salva de tiros de festim. As boinas verde-oliva foram entregues pelos militares mais antigos que participaram do período de instrução ao som do Tema da Vitória, muito comum nas corridas vencidas pelo piloto brasileiro Ayrton Senna.

Ao final da solenidade, Pedro Ivo explicou um pouco mais sobre a formação recebida pelos soldados. "Foram aplicadas e exigidas dos soldados todas as técnicas que eles aprenderam nos últimos 60 dias. Foram três dias no meio do campo com atividades noturnas e diurnas, exigindo bastante das valências físicas e aplicação da técnica ensinada".

20210429_200027"Esse período é o mesmo em todos os quartéis do Exército pelo Brasil. Então eles aprendem a marchar, atirar, a fazer técnicas de salvamento, rastejo e posição de tiro. A partir desse momento, nós vamos entrar na qualificação que é a formação do artilheiro. Até agora todos são combatentes básicos", completou.

A pandemia exigiu dos organizadores das instruções uma adaptação para evitar a formação de aglomerações. "Nós aumentamos a distância entre os militares e dividimos os grupos, de forma que a distância entre os soldados nas oficinas fosse de três metros. Todos utilizaram luvas e observaram os procedimentos de limpeza, como o uso de álcool em gel", detalhou.

O comandante também falou sobre a marcha realizada pelas ruas da cidade, decisão que partiu do estado-maior e foi avaliada por ele. "Em um tempo de pandemia e de várias privações, por que não devolver à cidade alguma coisa diferente, além de dar um orgulho e uma motivação para esses soldados que são cidadãos rio-grandinos, culminando com a entrega da boina que será inesquecível para eles", concluiu.