6ª REGIÃO TRADICIONALISTA GERA CHAMA CRIOULA NO ECOMUSEU DA PICADA

  • A primeira Chama Crioula foi acesa no dia 7 de setembro de 1947, por Paixão Cortes e de lá para cá a tradição vem se mantendo. Fotos: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

No ano em que completou 25 anos, o Ecomuseu da Picada foi palco de um momento histórico para a cultura gaúcha: o acendimento da Chama Crioula. Por conta da pandemia do coronavírus o ato foi regionalizado para evitar aglomerações em um único local.

20200910_083015Pelo cronograma do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), a solenidade aconteceria na cidade de Canguçu, porém, após reunião envolvendo os representantes das 30 regiões tradicionalistas, definiram que o evento de 2020 ocorreria nesse formato.

A estrutura foi mobilizada na manhã de ontem, com a chegada dos integrantes da cozinha, e o acampamento foi sendo montado ao longo do dia. Na manhã desta quinta-feira, no caminho para o Ecomuseu, era possível perceber a chegada de cavalarianos para celebrar esse momento histórico.

No local, embaixo de figueiras com mais de 500 anos, todos participantes do ato utilizavam máscara e o coordenador da 6ª Região Tradicionalista (RT), Roberto Ferreira, conferiu a temperatura de cada um dos presentes. A primeira Chama Crioula foi acesa no dia 7 de setembro de 1947, por Paixão Cortes e de lá para cá a tradição vem se mantendo.

20200910_091127Ao fazer uso da palavra, Ferreira destacou a importância deste evento inédito para o município e destacou a organização dos cavalarianos, que mesmo em tempos de pandemia, obedeceram as medidas sanitárias para realizar o ato. Roberto também agradeceu aos representantes dos CTGs do Chuí que também foram garantir a sua centelha.

A diretora-fundadora do Ecomuseu, Dulce Mendonça, foi convidada pela 6ª RT para ser a patrona dos festejos farroupilhas de 2020, que acontecerão de forma virtual. Ao aceitar o convite, ela agradeceu aos organizadores e lembrou de sua passagem pelo movimento tradicionalista, além da importância da família Mendonça nesse contexto.

Depois da geração da Chama, foram plantadas duas mudas, uma de Pau-brasil e Ipê, como forma de marcar a realização do evento e a importância do local para o tradicionalismo. Ao final, foi apresentada dança Tirana de Lenço, dança espanhola que se difundiu pela América Latina e que faz parte do fandango gaúcho.