Essa renovação no Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC), além de demonstrar que a gestão da APA da Lagoa Verde vem sendo feita de forma satisfatória, vai permitir que a APA seja contemplada com compensações ambientais de licenciamentos ambientais realizados pelo estado do Rio Grande do Sul, segundo informou o secretário adjunto do Meio Ambiente de Rio Grande Werner Spotorno.

“É de suma importância que consigamos manter a APA nesse cadastro, o que para nós funciona como um retorno do que estamos fazendo enquanto Secretaria do Meio Ambiente, que é o órgão gestor dessa unidade de conservação. Quando passamos por uma avaliação desse porte, ficamos muito felizes em ver que o nosso trabalho está fazendo com que a APA se mantenha nesse cadastro, se desenvolva e atinja os seus objetivos principais”, destacou Spotorno.

“É bom lembrar que a APA é uma Unidade de Conservação (UC) de uso sustentável e poder demonstrar ações como a do Polinizando o Pampa para o Estado, um projeto pioneiro e com resultados já amplamente satisfatórios, nos deixa orgulhosos e com a certeza de que estamos no caminho certo. Tenho a certeza de que o nosso cadastro será renovado”, completou Werner.

Polinizando o Pampa

Werner Spotorno acompanhou uma comitiva de técnicos da Secretaria do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul (SEMA) que esteve na terça-feira em Rio Grande (11). Eles também conheceram o projeto Polinizando o Pampa que está sendo desenvolvido na cidade desde outubro do ano passado e selecionou 15 produtores da Reserva da Vida Silvestre Banhado do Maçarico, unidade de conservação estadual; Área de Proteção Ambiental da Lagoa Verde, unidade de conservação municipal; e Ilha dos Marinheiros.

A prefeitura forneceu gratuitamente dez colmeias de abelhas Jataí, uma espécie nativa sem ferrão, para cada produtor. O projeto vai ser desenvolvido ao longo de dois anos, com acompanhamento mensal por parte da empresa selecionada para a sua execução – Halinski Soluções.

Os técnicos visitaram a propriedade de Sandro Rozano da Costa, localizada na APA da Lagoa Verde. “Tivemos uma impressão muito positiva do Projeto Polinizando o Pampa. Trata-se de uma iniciativa muito importante e, também, está sendo desenvolvida dentro da APA. Percebemos que as colmeias estão bem estruturadas e estão contribuindo para a polinização, o que vai aumentar a produção de frutas e hortaliças na região possibilitando uma melhora para a população. Espero que esse projeto deixe um legado para os próximos anos. Acreditamos que o Polinizando o Pampa terá mais produtores inseridos nessa iniciativa”, disse o analista ambiental da SEMA.

Na opinião da bióloga e doutora em Zoologia Rosana Halinski, coordenadora do Projeto Polinizando o Pampa, a visita da SEMA ao projeto foi relevante. “Os técnicos tiveram a oportunidade de ver como os produtores rurais estão aprendendo e ganhando autonomia, conhecendo a cada dia mais sobre as abelhas. O benefício para a sociedade é imenso. Eles tiveram uma boa noção como o projeto pode crescer especialmente na região da APA, onde existe um manancial hídrico que necessita de um repovoamento de abelhas sem ferrão para fazer a reprodução das plantas, além de regenerar o bioma Pampa no entorno da Lagoa Verde contribuindo para novos projetos para serem implantados na região”, destacou Halinski.

APA da Lagoa Verde

A APA foi instituída pela Lei Municipal nº 6.084, de 22 de abril de 2005 Criada em uma área de 510 hectares, abrigando uma vasta biodiversidade, ela é formada pelo arroio Bolaxa, Arroio Senandes, Canal São Simão e a Lagoa Verde. O Plano de manejo destaca a diversidade de plantas da região, sendo composta por plantas terrestres, aquáticas, e líquens. Além disso, também há a presença de diversidade de aves, mamíferos, peixes, répteis, anfíbios e insetos.

Assessoria de comunicação Polinizando o Pampa