Trinta e seis dias após uma explosão em um depósito de gás de Pelotas, que matou um homem, de 24 anos, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) concluiu o laudo com as prováveis causas para o acidente. O trabalho foi realizado pelo Posto de Criminalística da cidade e em suas 119 páginas buscou elucidar questões relacionadas a causa da explosão, seu epicentro e sua fonte de ignição.

De acordo com o IGP, em nota encaminhada ao site Papareia News, “a conclusão é de que uma evasão de gás, provavelmente ocorrida através de dutos localizados sob uma plataforma de concreto armado confinada, tenha gerado uma nuvem de gás que funcionou como ‘botijão de gás natural’ porém com volume imensamente superior, causando o acidente”.

Ainda conforme a nota, “duas tubulações que ficavam abaixo da estação de trabalho da parte mais abalada apresentavam perda de gás”. Os peritos também apuraram que próximo ao local da explosão haviam condutores elétricos que podem ter gerado a energia necessária para causar o acidente, no entanto outros fatores, como imperícia, não podem ser descartados.

O projeto do local também foi alvo de análise dos peritos, com o objetivo de saber se a estrutura estava de acordo com o que poderia ser construído no espaço. O IGP apontou que, de acordo com as plantas fornecidas pela Prefeitura, “a estrutura que explodiu não detinha alvará para construção” e constava como futura ampliação.

Os documentos analisados pelos peritos datam do ano de 1979 e foram apreciados pelo município em 1981, porém o IGP não descarta que outros projetos tenham tramitado ao longo dos anos junto ao executivo municipal sem que a documentação fosse fornecida para análise. O acidente ocorreu na tarde do dia 17 de novembro.