PREFEITA REELEITA DE SJN FALA SOBRE AS EXPECTATIVAS PARA OS PRÓXIMOS QUATRO ANOS

  • Fabiany falou sobre os desafios de fazer campanha durante o período de pandemia, como reerguer economicamente o município no pós-coronavírus, quais suas expectativas para os próximos quatro anos, entre outros pontos. Foto: Divulgação/Frame de vídeo

Reeleita com 9.551 votos, Fabiany Zogbi Roig irá chefiar o executivo de São José do Norte pelos próximos quatro anos. Antes de assumir o primeiro mandato, em janeiro de 2017, ela já ocupava uma cadeira no legislativo nortense e com isso sabe exatamente os anseios da comunidade e o que é preciso para continuar trabalhando pelo progresso do município.

Em entrevista ao site Papareia News, ela falou sobre os desafios de fazer campanha durante o período de pandemia, como reerguer economicamente o município no pós-coronavírus, quais suas expectativas para os próximos quatro anos, entre outros pontos. Confira abaixo, o que Fabiany disse sobre cada um desses assuntos.

Papareia News – Como foi fazer campanha durante a pandemia?

Fabiany Zogbi – “Foi tudo muito diferente. Em São José do Norte, tradicionalmente, nos eventos eleitorais aconteciam muitos comícios, carreatas e tudo isso acabou não sendo realizado para evitar a formação de aglomerações. Ficou muito concentrado na rede social e as visitas, que também são tradicionais aqui realizadas de forma diferente.

Nós tivemos que fundamentalmente se basear na circulação por alguns bairros, conversar com as pessoas muitas vezes na porta da casa para evitar os riscos de contaminação pelo coronavírus. A rede social teve um papel bastante importante na divulgação das realizações e também das propostas que se pretende para os próximos anos.”

PN – Como reerguer economicamente a cidade de São José do Norte?

FZ – “A gente tem investido bastante na questão da divulgação turística e colocamos sinalização turística em outras regiões. A própria questão de se conseguir melhorias no transporte aquaviário de veículos é todo um incentivo para a questão da movimentação turística aqui no município.

A gente também está investindo em algumas questões, como por exemplo, São José do Norte é um dos 13 municípios do Rio Grande do Sul que adotou o projeto Cidade Empreendedora, em uma parceria com o Sebrae, que tem como objetivo orientar novos empreendedores para facilitar a abertura de negócios e consequentemente gerar emprego e renda.

Além de tudo isso, algo bastante importante é que a gente também tem investido em alguns projetos que servem para fomentar a questão da preparação das pessoas. Um deles é o Capacita Mulher, que é voltado para mulheres em situação de vulnerabilidade, onde elas vão receber treinamento e aprender a confeccionar vários itens que são comercializáveis.

A gente também tem orgulho que a retomada do polo naval tem se dado por São José do Norte. O EBR está com contratos ativos, está tendo movimentação, já está havendo geração de emprego e a perspectiva é de que aumente ainda mais nos próximos meses, na medida em que as obras avançam.”

PN – Quais as expectativas para os próximos quatro anos?

FZ – “Nós nunca deixamos de dar atenção para o setor primário e temos boas perspectivas de safra de camarão e também temos adotado algumas ferramentas para melhorar o setor primário. Nossa Patrulha Agrícola, por exemplo, trabalhou muito mais que em anos anteriores e o nosso objetivo é fazer com que ela trabalhe muito mais.

Nós estamos terminando uma obra de construção de uma agroindústria de beneficiamento de cebola, nosso principal produto, que às vezes enfrenta dificuldades na questão da comercialização em virtude do tamanho da produção. A nossa intenção é fortalecer cada vez mais a nossa cadeia produtiva.

A nossa perspectiva também está em que nós consigamos dar andamento ao tipo de gestão que a gente já vem realizando. Gestão esta por avançar cada vez mais na infraestrutura, na questão de outras áreas importantes para o funcionamento de uma cidade, mas a gente deve continuar avançando na área da saúde com a ampliação de serviços.

Na área da educação, continuar trabalhando para que nós tenhamos nas nossas escolas cada vez mais educação de qualidade, melhorias nos nossos índices e avançar, como a gente vem fazendo em todos os setores da administração pública.”

PN – O que, que por algum motivo, ainda não foi feito e que será realizado nos próximos quatro anos?

FZ – “A população aponta como uma das maiores necessidades do município, quando se trata da questão saúde, é a maternidade. Ela foi fechada em 2013, se não me falha a memória, e agente vem trabalhando para reabri-la. Nosso hospital é bastante antigo e de certa forma fora das normas exigidas pelo Ministério da Saúde e Secretaria Estadual da Saúde.

A gente está com um projeto de adequação do bloco cirúrgico do nosso hospital para a organização da estrutura da maternidade. Já temos o recurso captado, mas só não conseguimos começar essa obra por conta da pandemia, porque os leitos de isolamento Covid ficam no mesmo pavilhão em que essa obra precisa ser realizada.

Esse é um ponto bastante importante que nós pretendemos realizar nesse novo mandato e sem falar também na conclusão de obras que estão em andamento, como por exemplo, a conclusão da Estrada da Praia. Nós estamos com a obra de pavimentação em andamento e também queremos buscar mais recursos para fazer com que toda a extensão seja pavimentada.”

PN – Na sua visão, qual setor precisa receber mais atenção em seu segundo mandato?

FZ – “A gente procurou fazer uma gestão que desse atenção a todas as áreas da administração pública e, inclusive, atuando também em questões que são, às vezes, para além da Prefeitura e buscando parceria com outros órgãos para viabilizar obras e novos serviços para o município. A ideia é ir aperfeiçoando cada vez mais.

Na área da administração, nós promovemos toda a automatização da Prefeitura, ou seja, toda a tramitação de processos se dá de forma informatizada. Não existe mais o memorando no papel que, de certa forma, era um retrocesso pelo tempo que leva para que determinada situação fosse resolvida dentro da administração pública.

Os processos são digitais e isso nos deu um ganho de tempo na resolução de muitas situações e um ganho grande na questão da economia, o gasto com papel e deslocamentos para movimentar a máquina pública. Na área da Fazenda, nós avançamos na aquisição de alguns sistemas que ajudam na fiscalização tributária, entre outros pontos.”