MOVIMENTO ALIANÇA RIO GRANDE REPUDIA DECISÃO DO EXECUTIVO MUNICIPAL

  • Para o movimento Aliança Rio Grande, culpar a população que tentou voltar a viver, cumprindo uma série de exigências é um grave erro e uma injustiça histórica. Foto: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

O Movimento Aliança Rio Grande, que reúne as maiores entidades do setor produtivo do município, repudia a condução que vem sendo realizada pelo executivo municipal. Mais de três meses depois do início da pandemia, o executivo declara um novo fechamento do comércio sem ter aumentado uma vaga de leito hospitalar ou construído um plano de combate aos efeitos do coronavírus eficiente.

Na manhã desta segunda-feira, 06, as entidades estiveram reunidas para debater o assunto. “Estamos vendo somente o travamento do comércio e queremos ver qual a estratégia para minimizar os problemas”, afirmou o presidente da Câmara de Comércio e coordenador do Aliança, Paulo Bertinetti.

O Movimento ainda questiona ao executivo municipal os motivos pelos quais estão sendo ignoradas defesas científicas como a do professor da FURG, Cristiano Oliveira que diz que “é descabido a responsabilização dos moradores do município pelo recente aumento de casos de Covid-19, pois, não existem evidências de que o aumento na mobilidade de pessoas gere aumento no número de casos de Covid-19”.

Portanto, não há fundamento para colocar Rio Grande em bandeira preta, fechando o comércio e definhando empregos, tendo em vista que não há comprovação de sua relação com o aumento de casos. Quando pelo lado do executivo, aumento de casos deveria contar com aumento de estrutura, algo que desde o mês de março é solicitado e não é atendido.

O Executivo Municipal recebeu mais de R$7 milhões nos primeiros meses do combate, está recebendo mais de R$27 milhões do Governo Federal e não investe na contratação de leitos de UTI, medicamentos e infraestrutura de saúde. Culpar a população que tentou voltar a viver, cumprindo uma série de exigências é um grave erro e uma injustiça histórica.

Nossas autoridades do executivo e Universidade, devem trabalhar para garantir atendimento nos hospitais. Um estudo que deveria ser realizado em conjunto entre ambos, FURG e Prefeitura, mais eficaz do que parar a atividade econômica quebrando mais empresas e gerando mais desemprego, seria de testar os inúmeros medicamentos que estão sendo usados e receitados pela área médica, como a ivermectina, por exemplo, para aplicação em Rio Grande. Esse estudo poderia trazer resultados muito mais promissores.

"Fechar as empresas nesse momento mostra falta de planejamento no combate ao Covid em Rio Grande. Aceitamos num primeiro momento, o fechamento meses atrás na esperança que o sistema de saúde fosse preparado. A cidade recebeu muitos recursos, doações, o governador do estado atendeu ao chamado quando solicitado e o executivo municipal não faz os investimentos necessários e penaliza nosso trabalho gerando medo, incertezas e uma nova onda de quebradeira de empresas”, afirmou o presidente da CDL, Igor Klinger.

O Movimento Aliança Rio Grande, por fim, solicita as autoridades que reanalisem essas decisões e mais do que isso, invistam os recursos recebidos na compra de equipamentos, de medicamentos e na contratação de pessoal qualificado para os hospitais. O mundo terá que conviver com o coronavírus até uma vacina definitiva e o único meio de termos segurança no enfrentamento, é se o serviço de saúde for respeitado e receber os investimentos para atender a população, e essa responsabilidade no município é do prefeito.