OPERAÇÕES MIRAM O CRIME ORGANIZADO NO SUL DO BRASIL E EM PELOTAS POLICIAL PENAL É PRESO

  • As operações contaram com a participação de mais de 700 agentes de segurança, sendo 500 deles policiais militares. Fotos: Sd. Patrick Duarte/CRPOSul

Forças de segurança deflagraram, na manhã desta sexta-feira (22), as operações Caixa Forte II e El Patrón, com o objetivo de coibir o crime organizado no sul do país. As 170 ordens judiciais, sendo 19 delas de prisão, foram cumpridas em 13 municípios localizados no Rio Grande do Sul, entre eles Pelotas, em Santa Catarina e no Paraná.

A operação Caixa Forte II mirou em uma organização criminosa que vendia drogas e ingressava com materiais ilícitos no Presídio Regional de Pelotas (PRP). Uma primeira etapa já havia sido realizada, ocasião em que foram apreendidos celulares, drogas, dinheiro e muitos documentos, os quais ensejaram a sequência das investigações.

IMG-20241122-WA0194Ao longo do trabalho, os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público gaúcho descobriram que durante dez meses de 2023, os criminosos movimentaram R$ 2,6 milhões com o tráfico de drogas e o ingresso de celulares na unidade prisional, os quais teriam sido facilitados por um policial penal.

O servidor foi um dos presos na ocasião e oito lideranças da organização foram removidas do PRP. A operação também contou com revistas na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas e no Presídio Regional de Bagé. Um helicóptero do Batalhão de Aviação da Brigada Militar (BAvBM) foi utilizado para apoio aéreo às equipes em solo.

Já a operação El Patrón se caracteriza como um braço da Caixa Forte II e foi voltada para a apuração de agiotagem e lavagem de capitais. O Ministério Público também apurou que a organização criminosa se envolvia com jogos de azar e rifas. No que diz respeito à agiotagem, a investigação comprovou a cobrança de juros de até 280%.

IMG-20241122-WA0190Ainda segundo o Ministério Público, as cobranças eram feitas por meio de métodos usados no crime, com ameaças aos devedores ou outros tipos de ações violentas. A organização criminosa chegou a movimentar R$ 32 milhões, sendo a maioria desses recursos obtidos com empréstimos, jogos de azar, rifas e lavagem de capitais.

As operações contaram com a participação de mais de 700 agentes de segurança, sendo 500 deles policiais militares, entre eles integrantes do 5º Batalhão de Polícia de Choque (BPChq). Policiais civis e agentes da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) também compuseram o efetivo.