EPISÓDIOS DE VIOLÊNCIA MARCAM O CLÁSSICO RIO-RITA DESTE DOMINGO

  • A animosidade começou no final da primeira etapa, após Matheus Ferreira chutar a bola na direção de Leandro. Foto: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

São Paulo e Rio Grande entraram em campo, na tarde deste domingo (27), para mais um clássico Rio-Rita na história do futebol rio-grandino. No entanto, a partida que era para ter sido amistosa e com o objetivo de preparação para as duas equipes terminou em confusão, detenção, agressão e cancelamento do jogo ainda no intervalo.

Esse seria o segundo jogo da pré-temporada do Leão do Parque, enquanto o Rio Grande já vinha atuando pela Copa Francisco Noveletto Neto, mas folgava na rodada. O torcedor compareceu em número significativo ao estádio Aldo Dapuzzo e fatores como a vitória no primeiro amistoso e o tempo bom contribuíram para a presença do público.

Por estar jogando junto há mais tempo, o Rio Grande se mostrou um bom adversário para que o técnico Badico testasse suas formações, mas o fato de ser um clássico e envolver equipes de tradição fez com que a rivalidade falasse mais alto. A animosidade começou no final da primeira etapa, após Matheus Ferreira chutar a bola na direção de Leandro.

Já durante o intervalo, a direção do Rio Grande sustenta que o vestiário teria sido invadido por integrantes da torcida organizada do São Paulo, momento em que a confusão continuou, inclusive com agressões. O presidente do Rio Grande, Cláudio Diaz, foi acertado por um soco e o diretor de futebol do clube, Cláudio Santana, precisou receber pontos na cabeça.

Santana falou com o radialista Luiz Fernando Oliveira, da rádio Tamandaré Online, enquanto recebia atendimento. "A torcida organizada do São Paulo invadiu o nosso vestiário e eu fui agredido. Tem alguns atletas que foram agredidos e eu estou sendo atendido na ambulância da Unimed", disse ele durante a transmissão ao vivo do fato pelas redes sociais.

Ele ainda chegou a ser questionado por Oliveira sobre a decisão do clube de não retornar a campo e Cláudio foi enfático ao informar que não havia segurança no estádio. "Não, não volta! Mandei desfardar, porque não tem segurança no estádio", finalizou ele. Pelo menos dois torcedores acabaram sendo detidos.

O presidente do Rio Grande, Claudio Diaz, comentou sobre o que havia acontecido. "Lamentável sob todos os aspectos. Dentro de campo já houve rusgas e entreveros, mas membros da torcida organizada do São Paulo abriram o portão do nosso vestiário, providos de pedaços de madeira, e saíram batendo em todo mundo, inclusive em mim".

Quanto as relações entre as equipes, Diaz revelou que elas não serão afetadas, pois se trata de um caso de polícia. "O Deivid e todos os diretores do São Paulo foram solidários. Clássico é clássico, não tem amistoso. Agora não precisavam ter transformado no que transformaram", finalizou o presidente Tricolor.

Também ouvido, o vice-presidente de futebol do São Paulo, Deivid Pereira, falou sobre o episódio lamentável. "A gente ainda está apurando o que de fato aconteceu. A gente está bastante chateado com isso. O domingo não era para isso, mas sim para o condicionamento das equipes", lamentou Pereira.

O presidente do Sport Club São Paulo, Everton Aguiar, não estava presente no estádio pelo fato de estar com o filho hospitalizado, porém afirmou que após às 18h estaria no clube para uma reunião com o objetivo de tratar sobre o ocorrido e avaliar a situação em conjunto com os pares de direção.