PATRULHAMENTO COM CÃES COMEÇA A SER REALIZADO TAMBÉM PELA GUARDA MUNICIPAL

  • Os guardas municipais Silveira (E), Everton (C) e Luciano (D) na companhia de Atila, durante patrulhamento no interior da praça Tamandaré

Quem circula pela zona central e por pontos de maior aglomeração, como a praça Tamandaré, certamente já percebeu que o policiamento com cães não é mais uma ação desenvolvida apenas pela Brigada Militar. Servidores da Guarda Municipal também estão realizando o patrulhamento no município na companhia desses animais e durante o período de atuação eles já auxiliaram em abordagens e na própria segurança da equipe.

A preparação para este tipo de atividade começou em março do ano passado com a realização de cursos de aperfeiçoamento em outras regiões do estado, instruções com policiais militares de São Paulo e até mesmo de outros países, como representantes da segurança vindos do Canadá. Atualmente, o grupo de Operações Táticas Caninas da Guarda Municipal é formado por dez servidores, mas apenas dois trabalham efetivamente com os cães.

Um deles é Everton Rodrigues. Integrante da corporação há 12 anos, ele trabalha na companhia de Atila, um Pastor Belga Malinois Black de um ano e seis meses. Para ele, a parceria possibilita uma maior proteção para o agente e garante a segurança das ações, uma vez que os servidores rio-grandinos não utilizam arma de fogo durante o serviço.

Pelo fato da instituição não possuir um canil, os animais pertencem aos próprios guardas e atuam somente na presença do dono. Átila se diferencia dos demais cachorros policiais por não ter recebido um adestramento, mas sim um procedimento denominado educação canina. Segundo Rodrigues, a principal diferença está na forma como o treinamento é conduzido: ao invés de ganhar petiscos por cada ação realizada de maneira correta, a única premiação recebida pelo cão durante o aprendizado é tão somente carinho.

E para comprovar a eficácia dessa relação de amizade e o compromisso com a missão de servir e proteger a comunidade, Everton contou que durante a verificação de uma ocorrência de assalto, na praça Xavier Ferreira, o suspeito se recusou a sair do local onde estava escondido e com a ajuda de Atila, a abordagem pode ser realizada.  

As operações com cães pelas guardas municipais são bastante comuns em outras cidades do país, como Itajubá-MG, Belém-PA, Curitiba-PR e Gravataí-RS, por exemplo. Conforme pesquisas realizadas por nossa reportagem, Rio Grande é o primeiro município da região sul do estado a contar com este tipo de patrulhamento que se soma aos demais já previamente estabelecidos pela legislação que regulamenta a atividade e atribuições da profissão.

Texto e foto: Rodrigo de Aguiar

rodrigo@papareianews.com