OPERAÇÃO INTEGRADA ENTRE PC, BM E SUSEPE COÍBE O FURTO DE FIOS E HIDRÔMETROS

  • Na operação, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em diversos bairros da cidade, além de materiais apreendidos como escadas e 500 quilos de fios de cobre. Foto: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

Nesta sexta-feira (3), uma operação integrada foi desencadeada para coibir o furto de fios e hidrômetros, em Rio Grande. A ação, foi realizada pela Polícia Civil, Brigada Militar e a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), contando com mais de 100 policiais e 40 viaturas.

Após um exaustivo trabalho das equipes de inteligência policial foi montada uma operação integrada devido ao aumento do furto de fios e hidrômetros, principalmente no mês de agosto. Segundo os policiais, esse tipo de crime gera transtorno para população que fica sem água, além do prejuízo para a empresa de saneamento.

Durante a operação, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais em diversos bairros da cidade, que culminaram no recolhimento de materais, como uma escada e 500 kg de fios de cobre. A polícia estima que nesse período foram furtados cerca de 200 hidrômetros.

No curso das investigações, os setores de inteligência dos três orgãos constataram que a maioria dos furtos são cometidos por usuários de crack, que enxergam o equipamento como um meio fácil de trocar pela droga. Apesar de parecerem sem valor, os hidrômetros possuem uma peça de cobre que é vendida por R$ 10 o quilo.

Apesar da realização da operação, as investigações continuam e a polícia ainda não pode afirmar a existência de uma organização criminosa especializada nesse tipo de furto, mas elementos levam os investigadores a crer que sim. Um hidrômetro é capaz de ser trocado por duas pedras de crack.

O principal foco da ação desta sexta-feira é a quebra dessa cadeia, que chegava a pagar R$ 30 pelo quilo do fio de cobre. No curso das investigações, os agentes chegaram a constatar queimas realizadas junto à estrutura do Centro Pop, o que leva a polícia a acreditar que o problema é bem mais complexo e envolve questões sociais.