ATO DE BRAVURA DE POLICIAIS DO 6º BPM SALVA A VIDA DE HOMEM QUE SOFRIA AVC HEMORRÁGICO
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Segundo Valdemir, a burocracia de ser atendido pela central de regulação em Porto Alegre fez com que a guarnição optasse por colocá-lo na viatura e levá-lo até a base do SAMU que ficava cerca de 600 metros da rodoviária. Foto: Divulgação/Brigada Militar
A guarnição do canil do 6º Batalhão de Polícia Militar (BPM), composta nesta segunda-feira pelos soldados Valdemir Santos, Cristiano de Ávila, Bruno Machado e a cadela Hera, se encaminhava para mais um dia normal de trabalho no combate ao crime na cidade do Rio Grande. A passagem pela rodoviária do município é uma das ações rotineiras implementadas no policiamento com cães para evitar o desembarque de drogas e outros ilícitos.
Ao chegar no local, coube ao soldado Santos a tarefa de ir até os guichês de venda de bilhetes para saber os horários das próximas chegadas, enquanto os colegas preparavam a viatura e a própria Hera para a vistoria. De posse das informações, os policiais foram em direção a área de boxes, onde perceberam que havia um homem caído e sofrendo o que inicialmente parecia se tratar de uma convulsão.
"A gente deslocou até ele e foi quando avistamos que ele estava tendo, a princípio, convulsões. Nesse momento, colocamos ele de lado, até mesmo para que ele não se asfixiasse com a própria saliva, e começamos a fazer os primeiros procedimentos que nós achávamos que seriam os mais certos para salvar a vida dele", lembrou Santos. O sangramento na cabeça da vítima assustou os policiais que continuaram no atendimento.
Na sequência, o homem parou de respirar e os policiais deram início a uma manobra de reanimação. "Em determinado momento a gente notou que ele parou de respirar, o que nos assustou mais ainda. Nós fizemos a massagem rápida e ele voltou a ter convulsões. O outro colega, que viu que nós começamos a dar o primeiro atendimento, já chegou próximo e eu solicitei que ele fizesse uma ligação para o SAMU", contou Santos.
Segundo Valdemir, a burocracia de ser atendido pela central de regulação em Porto Alegre fez com que a guarnição optasse por colocá-lo na viatura e levá-lo até a base do SAMU que ficava cerca de 600 metros da rodoviária. "Botamos ele na viatura e saímos com giroflash e sirene ligados para ter uma melhor rapidez no deslocamento e foi quando o soldado Ávila, que estava no banco de trás, notou novamente que ele tinha parado de respirar", detalhou.
"Eu pulei do banco da frente para o banco de trás e novamente nós fizemos uma massagem cardíaca já um pouco mais demorada nele e enquanto a viatura deslocava, ele voltou a respirar. Eu desembarquei da viatura rápido e cheguei gritando para o pessoal do SAMU", descreveu Santos. De imediato, a equipe médica foi até a viatura e deu sequência ao atendimento até a remoção para o Pronto Socorro do Hospital Santa Casa.
Mesmo sabendo que a ocorrência estava praticamente encerrada naquele momento, os três brigadianos ainda atuaram na escolta da ambulância. No hospital, o homem continuou tendo convulsões durante um tempo até ser estabilizado e todo o procedimento foi acompanhado de perto pela guarnição. "Nós achamos que iríamos perdê-lo e foi bem traumático", revelou Valdemir.
Na saída do Pronto Socorro, os policiais foram parabenizados pela médica da ambulância que explicou que pelo tempo de exposição às convulsões, o caso poderia se tratar de um Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico e se não fosse a ação rápida dos militares, ele provavelmente não teria sobrevivido. "Foi extraordinário ter recebido aquela notícia de que o nosso ato foi determinante para salvar a vida daquele senhor", finalizou Santos.