Uma semana depois de reunir-se com os motoristas pré-cadastrados, a Uber iniciou suas operações em Rio Grande e Pelotas às 14h desta sexta-feira. Com isso, os dois municípios da região sul passam a fazer parte da lista de cidades gaúchas atendidas pelo serviço, ganhando a companhia de Caxias do Sul, Novo Hamburgo e Porto Alegre.

A tecnologia do aplicativo agrega ferramentas importantes que ajudam a trazer segurança, antes, durante, e depois de cada viagem realizada por meio da plataforma, tanto para parceiros como para usuários. A partir de agora, rio-grandinos e pelotenses terão à disposição o Uber X, operado com veículos quatro portas, cinco lugares, ar condicionado e com, no máximo, dez anos de uso.

Para chamar um carro, o usuário precisa apenas baixar o app em seu celular e criar uma conta. Depois disso, basta abrir o aplicativo e apontar no mapa ou escrever o endereço de onde o motorista deve encontrá-lo.

Com o objetivo de proporcionar ainda mais segurança, o passageiro tem acesso a foto, nome do motorista, modelo e placa do carro. Além disso, quando houver necessidade de contato entre o usuário e o motorista ou vice e versa, o número do celular de ambos é mantido em sigilo.

Após um rápido acesso, comprovamos que a área da cidade já está toda mapeada e o passageiro pode por meio do aplicativo ou através do computador fazer uma estimativa do valor da corrida. O download pode ser feito por aparelhos com sistema operacional Android ou IOS, na Play Store ou App Store, respectivamente.

A reportagem do site Papareia News ouviu o secretário municipal de mobilidade urbana e acessibilidade, Júlio Martins, para saber o posicionamento da secretaria acerca do início das atividades. De acordo com ele, qualquer veículo que for flagrado realizando o serviço será recolhido por se tratar de transporte ilegal de passageiros.

O titular da pasta elencou a existência da lei municipal nº 8.084/2017, que prevê uma multa de R$ 2.093,00 para quem for pego atuando na função. Martins lembrou, também, que o artigo 135 do Código de Trânsito Brasileiro informa que os veículos de aluguel destinados ao transporte individual ou coletivo de passageiros precisam estar devidamente autorizados pelo poder público concedente, o que não acontece no caso do Uber.

Como o sistema é totalmente virtual e sem a existência de uma sede na cidade, não há condições de notificar pessoalmente a empresa sobre a proibição do serviço. Nesse sentido, a fiscalização e a ação dos agentes de trânsito para o cumprimento da lei ocorrerá mediante denúncia e pela comprovação dos servidores da realização de atividade irregular.

O presidente do Sindicato dos Taxistas, Carlos Oliz Silva, informou que os profissionais já estavam sabendo que o aplicativo começaria a funcionar nesta sexta-feira e explicou que a categoria não irá agir com violência, mas sim cobrar do executivo municipal a fiscalização dos motoristas. No início desta semana, taxistas estiveram reunidos com o prefeito municipal, Alexandre Lindenmeyer, e o secretário de mobilidade urbana e acessibilidade para informar sobre a intenção do aplicativo de operar na cidade e alertar para a proibição desta atividade em virtude de lei.

Texto: Rodrigo de Aguiar

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