Neste domingo (2) é comemorado o Dia Nacional do Bombeiro, profissão que detém o prestígio e a confiança da população, além de estar presente no imaginário das crianças, quando perguntadas sobre o que querem ser quando crescer. A convite do comando do 3° Batalhão de Bombeiro Militar (BBM), nós acompanhamos parte da rotina do turno de 24 horas deste sábado (1), em Rio Grande.

Todo plantão começa com a chamada Parada Diária, onde o oficial de serviço, neste caso o tenente Nunes, repassou orientações às guarnições tanto que estavam entrando em serviço quanto deixando o turno assumido na sexta-feira (30) pela manhã. É neste momento que ocorre oficialmente a troca das equipes.

Na sequência acontece a checagem de materiais. Enquanto um grupo faz a contagem e verifica o funcionamento de equipamentos de resgate e de combate a incêndio, o condutor da viatura confere questões como água, óleo, pressão dos pneus e os sistemas de sinalização luminosos e sonoros para utilização no caso do atendimento de uma ocorrência.

Nas 12 horas em que estivemos acompanhando o serviço houveram dois chamados: o primeiro pela manhã de um popular que relatou problemas nas luminárias da Praça Tamandaré e acreditou que parte da estrutura da estação do transporte coletivo pudesse estar energizada e o segundo foi o rompimento de um fio de baixa tensão, na Vila Mangueira.

Na primeira situação, após uma vistoria no local, foi constatado que não havia riscos à população e não houve a necessidade de interdição do espaço. Na segunda ocorrência, técnicos da CEEE Equatorial já estavam fazendo o atendimento e coube aos bombeiros a verificação do entorno para avaliar a existência de potenciais riscos.

Nas situações de incêndio em edificações, o combate interno é feito com o uso do chamado equipamento de proteção respiratória autônomo, que consiste em um cilindro de oxigênio que é colocado nas costas do bombeiro. Depois de passada a sensação de claustrofobia, o material permite a respiração de um ar puro e sem o risco da contaminação dos pulmões com os gases tóxicos da queima.

Como uma ocorrência não tem tipo, hora e nem local para acontecer, é preciso estar com o material sempre próximo ao caminhão e agilidade é a palavra chave para garantir que não falte nada na chegada ao local do chamado. Entre fardamento, calça e capa de combate, balaclava, capacete e cilindro de oxigênio, o peso de um bombeiro aumenta em aproximadamente 30kg.

No período da tarde, a guarnição comandada pelo sargento Luft realizou uma instrução de atendimento pré-hospitalar, conhecido internamente pela sigla APH, e nós também participamos da capacitação. Atualmente, o 3° BBM está retomando o serviço de resgate e prestando suporte ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) com uma ambulância nova.

É na sala de operações que chegam as ligações feitas para o número 193. O soldado Alves foi o profissional escalado do dia e o responsável por despachar as viaturas para o atendimento das ocorrências. Dependendo da natureza do chamado, foi dele a missão de definir qual viatura seria empregada, seja a ambulância de resgate, o caminhão auto bomba tanque (ABT) ou até mesmo os dois de uma vez.

O final da tarde foi de roda de chimarrão, um momento de reunião na sala de convivência para troca de experiências e relembrar ocorrências já atendidas ao longo da carreira de cada um dos militares. Além do sargento Luft e soldado Alves, a guarnição de serviço no dia foi composta pelos soldados Martinez, Duarte e Lennon, este último responsável pela condução e operação da viatura.