O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e o Sindicato Médico de Rio Grande (Simerg) reuniram-se, na última sexta-feira (2), com o secretário de saúde do município, Maicon Lemos, para solicitar o veto ao projeto de lei que obriga a divulgação, pelos hospitais e estabelecimentos de saúde do município, da lista e horário de trabalho dos médicos plantonistas. A proposta, de autoria do vereador Júlio Cesar Silva (MDB), está em tramitação na Câmara e deverá ser apreciada pelo prefeito Alexandre Lindenmeyer.

As duas entidades expuseram os motivos para que a proposta seja vetada. A diretora de interior do Simers, Daniela Alba, destacou que o projeto subverte a lógica igualitária do SUS, ao permitir que os usuários busquem atendimento conforme a preferência por um determinado médico. “Acreditamos que todos os médicos que atuam no município pelo SUS são qualificados e esse projeto permitiria que os pacientes escolhessem o profissional. Entendemos que isso vai deixar os médicos expostos e desregular o sistema de saúde de Rio Grande”, afirmou.

O presidente do Simerg, Marco Antônio Freitas, reforçou a manifestação da diretora do Simers e acrescentou que alguns locais poderão ficar ociosos, justamente pelo fato da população saber onde está cada médico e seu horário de atendimento. “Os médicos são do SUS e ligados à Prefeitura, e os pacientes são atendidos por todos, de forma igualitária”, declarou.

O secretário Lemos informou que encaminhará uma análise ao prefeito, contendo a manifestações das entidades. Ele aguarda um ofício do Simers e do Simerg com as razões para o veto, a fim de incluí-las no documento.