RG NÃO DEVE SER INCLUÍDA NA RETOMADA DOS VOOS REGIONAIS, DIZ EXECUTIVO DA AZUL

  • Rio Grande deixou de ser atendida em março do ano passado, por conta do início da pandemia do coronavírus e o término da parceria entre a Gol Linhas Aéreas e a empresa Two Flex Táxi Aéreo. Fotos: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

A retomada dos voos regionais nesta semana representa a oportunidade de desenvolvimento e novas formas de deslocamento dos mais variados pontos do estado com a capital. O Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional, criado pelo governo estadual com a participação da Frente Parlamentar da Aviação Regional, permite incentivos fiscais para as companhias aéreas pelo número de voos ofertados.

Com o início das operações por parte da Azul Conecta, subsidiária da tradicional companhia brasileira, as cidades de Erechim, Canela, Santa Rosa, São Borja, Vacaria, Santa Cruz do Sul, Alegrete e Bagé se unem à Santa Maria, Pelotas, Uruguaiana, Santo Ângelo, Caxias do Sul, Passo Fundo e Porto Alegre que já eram atendidas pela Azul. A estimativa da empresa é de que sejam ofertadas, em média, 54 decolagens diárias.

20191228_063538De acordo com o diretor de relações institucionais da Azul, Marcelo Bento Ribeiro, com as aberturas de cidades nessa semana, a empresa passa a ter 15 destinos atendidos dentro do estado gaúcho, uma marca histórica e sem precedentes nos últimos 60 anos. “Estamos muito felizes em poder alcançar esta marca, já que um dos principais pilares da Azul é o fortalecimento da aviação regional e a conectividade em todas as regiões do país”, afirmou Ribeiro.

As ligações aéreas destas novas cidades com a capital serão realizadas por meio de aeronaves da marca Cessna, modelo 208 Grand Caravan, com capacidade para nove passageiros e dois tripulantes. Com isso, a frota da Azul Conecta passa a ser composta por 16 aviões desse tipo, sendo 13 deles com características para o transporte de clientes e outros três dedicados exclusivamente para cargas.

Considerada uma aeronave versátil e que não necessita de grandes investimentos estruturais, o início das operações foi condicionado à realização de melhorias que permitissem segurança aos passageiros. “Adequações básicas, como condições de pista, a cerca que delimita o espaço do aeródromo, equipamentos de auxílio à navegação aérea e a estruturação de um terminal de passageiros fazem parte dos requisitos básicos para nossa operação”, explicou Bento.

20191223_222139No entanto, Marcelo revelou que as condições meteorológicas do estado se revestem como um grande desafio, principalmente no inverno. “Com exceção de Bagé, os demais aeroportos não possuem procedimento de aproximação por instrumento de precisão e em alguns também não há balizamento noturno. Apesar desse cenário não impedir que as operações aconteçam com total segurança, entendemos que são demandas fundamentais para garantir a máxima regularidade dos voos”, assegurou o executivo.

O anúncio de novas rotas reacendeu a esperança de que a cidade do Rio Grande fosse incluída nessa retomada, porém o executivo afirmou que a proximidade com Pelotas torna inviável a realização dos serviços nos dois municípios. “Essa proximidade de Rio Grande com Pelotas torna inviável serviços sustentáveis para as duas cidades. Como o aeroporto de Pelotas oferece melhor infraestrutura, adequado à operação de aeronaves maiores, optamos por ele como porta de entrada para a região”, finalizou Marcelo.

Rio Grande deixou de ser atendida em março do ano passado, por conta do início da pandemia do coronavírus e o término da parceria entre a Gol Linhas Aéreas e a empresa Two Flex Táxi Aéreo. Eram realizados dois voos diários, que partiam de Rio Grande para Porto Alegre no período da manhã e de Porto Alegre para Rio Grande no período da noite.