RG APRESENTA ACELERAÇÃO NA TAXA DE CONTAMINAÇÃO POR COVID-19, APONTA ESTUDO DA FURG

  • Índice na cidade é o pior entre os 12 municípios analisados pelo estudo. Foto: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

Uma análise desenvolvida por pesquisadores do Projeto Exactum, do Instituto de Matemática, Estatística e Física (Imef) da FURG, indica a aceleração da contaminação de Covid-19 em Rio Grande. O cenário geral indica uma desaceleração no estado, mas Rio Grande e Santa Maria apresentaram aceleração da contaminação até 13 de agosto. Enquanto o Índice de Reprodução Basal (R) médio do Rio Grande do Sul é de R=0,88, as cidades têm, respectivamente, índices de R=1,13 e R=1,06. A taxa acima de 1 aponta a aceleração da contaminação. Por exemplo, 100 pessoas contaminadas em Rio Grande propagam o vírus para outras 113 pessoas.

A projeção é de que Rio Grande ultrapasse os 20 mil casos no início de setembro. Segundo os pesquisadores, esforços devem ser feitos para que os cuidados de prevenção sejam mantidos até que a vacinação completa alcance 80% da população. A pesquisa aponta que os cuidados são justificados em razão de já haver transmissão comunitária da variante Delta no estado.

Análise

O estudo abrange geograficamente todo o RS, com o monitoramento de 12 cidades. Bagé, Canoas, Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande, Santa Maria, Santa Rosa, Santana do Livramento, São Borja e Uruguaiana fazem parte da pesquisa, que desde fevereiro deste ano monitora a situação da pandemia.