Foi sepultado, na manhã desta sexta-feira (18), o corpo do radialista Everton Moraes. O profissional, que construiu sua carreira no segmento AM de Rio Grande, estava internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Junção e morreu ontem, aos 68 anos, em razão de um choque hipovolêmico e insuficiência renal aguda.

Everton comandou durante muito tempo o programa Olho Vivo, na Rádio Cassino, nas manhãs de segunda a sexta-feira, das 07h às 10h, e também trabalhou como plantão de estúdio nas jornadas esportivas realizadas pela emissora. De posicionamento firme, Moraes marcou o rádio rio-grandino com sua personalidade.

O radialista Adão Rosa, que começava o programa Manhã Especial logo após o Olho Vivo falou sobre Everton e destacou o caminho trilhado por ele no meio radiofônico. “O Everton foi um radialista de opinião forte, um profissional convicto, cumpridor de seus deveres e que deixará um bom legado para aqueles que estiverem ingressando na profissão”, afirmou.

Pelas redes sociais, outros comunicadores também lamentaram a morte de Everton. “Perdemos mais um grande profissional e amigo. Que Deus receba o Everton de braços abertos e conforte sua família. Descanse em paz”, escreveu o radialista Azambuja Júnior, no grupo mantido no WhatsApp.

“Meus sentimentos aos familiares e aos amigos, pois o Everton, além de excelente profissional, era amigo de todos os radialistas. Vai em paz, meu irmão. Muita luz no teu retorno à pátria espiritual”, escreveu o jornalista Augusto Ferreira que trabalha na Rádio Studio Livre.

O também colega de Rádio Cassino, o radialista Sérgio Ivan Moura, falou sobre a convivência com Everton nos corredores da emissora. “Durante os 25 anos que trabalhei com ele, posso dizer que foi uma pessoa excelente, um ótimo colega e um grande amigo que adquiri durante os anos que trabalhamos na rádio”, disse ele.

Sérgio também recordou momentos das transmissões esportivas, quando Everton entrava em campo como plantão para auxiliar os colegas, enquanto o problema de conexão dos equipamentos era resolvido. “Fizemos diversas transmissões esportivas e quando caía, devido a internet ser lenta e o sinal no interior do estado muito precário, nos restava passar para o plantão segurar até restabelecer o sinal e o áudio do estádio, trabalho o qual ele fazia com maestria”.

A disposição para ensinar também foi um dos pontos levantados pelo radialista Dino Gates, que começou no rádio com dicas dadas por Everton. “Um dos primeiros profissionais com quem eu dividi o microfone dentro de um estúdio de rádio foi com ele. Totalmente inexperiente e sem nenhum conhecimento de radiodifusão, o Everton se dispôs a me mostrar e me ensinar o que era fazer radiodifusão”, lembrou Dino.

“Toda a vez que nós estávamos juntos, no estúdio ou fazendo alguma externa, era um aprendizado diferente. Pela experiência que ele já tinha do rádio, ele sempre me orientava em alguma coisa diferente para que eu pudesse melhorar e desempenhar de uma forma cada vez melhor o meu trabalho dentro da radiodifusão”, concluiu Dino.