POLICIAL DA ROCAM FAZ VAQUINHA PARA CUSTEAR TRATAMENTO COM CÉLULAS TRONCO NA TAILÂNDIA
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Confiante de que a união faz a força, o material informativo conclama os colegas de farda e a comunidade a colaborar e permitir que ele possa voltar a caminhar. Foto: Rodrigo de Aguiar/Papareia News
Após uma semana internado no Hospital Santa Casa e um mês em Porto Alegre, no Hospital da Brigada Militar (HBM), o soldado Michel Feijó, integrante da Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (ROCAM) do 6º Batalhão de Polícia Militar (BPM), inicia seu processo de recuperação de um acidente sofrido enquanto perseguia uma moto suspeita. Na ocasião, ele acabou sendo atingido por um carro, no bairro Hidráulica.
Como resultado, o policial teve uma fratura nas vértebras T4 e T5, localizadas na região do tórax. Por sorte elas não causaram o rompimento da medula, o que deixaria o militar sem condições de caminhar. No entanto, os médicos diagnosticaram que a medula havia sido comprimida, o que causou a perda dos movimentos a partir da linha do tórax, porém com a realização de fisioterapia eles podem ser retomados com o tempo.
Para que se torne ainda mais eficaz, a recuperação do jovem servidor público depende de uma cirurgia na Tailândia para aplicação de células tronco e estimulação peridural. O custo do tratamento está avaliado em R$ 450 mil e para levantar esse recurso, ou pelo menos parte dele, os familiares lançaram uma vaquinha on-line, onde a comunidade pode depositar qualquer valor e contribuir com Michel.
Confiante de que a união faz a força, o material informativo conclama os colegas de farda e a comunidade a colaborar e permitir que ele possa voltar a caminhar. “Somos mais de 20 mil irmãos de farda na ativa! Se cada um me ajudar com R$ 22 consigo fazer o tratamento necessário para voltar a ativa”, diz o card que leva em consideração apenas os policiais integrantes dos quadros da instituição.
Caso consigam viabilizar a cirurgia, os familiares do policial explicaram que o procedimento é bastante rápido, podendo ser realizado em 30 minutos. Ele consiste na aplicação de uma espécie de eletrodo que ensina novamente a medula espinhal a encaminhar estímulos aos membros inferiores e com isso permitiria que Michel voltasse a caminhar.
“Quando acontece a compressão, a coluna acaba esquecendo para onde mandar os comandos. A estimulação epidural tem essa função de ligar o caminho certo até a ponta do pé. Conforme vai passando o tempo, a estimulação peridural junto com as células tronco vai ensinando como funciona o caminho que leva as correntes elétricas do cérebro até a ponta dos pés”, explicou o irmão do policial, Muryel Feijó.
A história de Michel com a Brigada Militar vem de gerações. Tudo começou com seu avô, que ingressou nos quadros da instituição em 1964. Seu pai foi o segundo, no ano de 1991, e foi seguido pelos tios que ingressaram nos anos de 2009 e 2012. Em 2014, ele prestou concurso e foi aprovado. Em 2016 foi convocado para o curso de formação e atuou até 2019 no 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM), quando veio trabalhar em Rio Grande até o dia do acidente.