OPERAÇÃO CONTRA O FURTO DE ENERGIA É DESENCADEADA PELA CEEE E POLÍCIA CIVIL

  • As ligações irregulares geram para a empresa um prejuízo de R$ 200 milhões de reais por ano e a energia desperdiçada é suficiente para abastecer o consumo de uma cidade como Porto Alegre por dois meses

Funcionários da CEEE da região sul e policiais civis de Rio Grande e Porto Alegre participam durante toda a terça-feira de uma operação especial de combate ao furto de energia. A ação, que realizará fiscalizações nos estabelecimentos comerciais da zona central, é parte da campanha Fez Gato Pagou o Pato, desenvolvida pela Companhia em todo o estado.

A movimentação das equipes chamou a atenção de quem passava pela Rua 24 de Maio, local onde as atividades foram iniciadas por volta das 09h. Nesse período, enquanto alguns funcionários faziam vistorias, outros verificavam demandas e consertavam pequenos problemas detectados nas instalações.

De acordo com o gerente regional da CEEE, Julio César Dutra Rosca, as ligações irregulares geram para a empresa um prejuízo de R$ 200 milhões de reais por ano e a energia desperdiçada é suficiente para abastecer o consumo de uma cidade como Porto Alegre por dois meses. Para o dia de mutirão, não foram fixadas metas, no entanto a Companhia espera tirar o máximo de proveito com o material humano e tecnológico colocado à disposição.

Além das constatações feitas pelos próprios funcionários, as fraudes podem ser detectadas através de denúncias anônimas ou por meio de um software, que faz um comparativo do consumo mensal e permite que a empresa avalie a existência ou não de desvios de energia. Enquanto a atividade estava sendo desenvolvida, um comerciante foi flagrado com irregularidades e acabou sendo preso pela Polícia Civil.

Segundo o delegado Luciano Peringer, da Delegacia de Repressão a Crimes contra o Patrimônio e Serviços Delegados (DRCP), houve a constatação de que a energia chegava no estabelecimento sem passar pelo medidor, configurando o crime de furto. Ainda segundo ele, o homem foi conduzido à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), onde foi formalizado o registro da ocorrência.

Sobre o caso envolvendo o flagrante, Julio explicou que dependendo da irregularidade, a ligação pode ser refeita instantaneamente já com as modificações devidas e sem a necessidade de fechamento do comércio. Nesse sentido, o gestor aproveitou para lembrar que ligações irregulares podem causar choques elétricos, incêndios e outros problemas que podem trazer riscos à segurança do proprietário e de terceiros.

A ação foi apoiada também pelos comerciantes e trabalhadores do setor, como Adriana Gobira, gerente de uma loja especializada no ramo de vestuário. Para ela, a fiscalização é necessária, pois é preciso localizar quem esteja agindo de forma irregular e assim promover sua adequação.

As denúncias de ligações clandestinas podem ser realizadas diretamente pelo site da campanha e de forma anônima. No período da tarde, as equipes estarão divididas em setores para promover as demais fiscalizações.

Quer receber nossas notícias diretamente em seu WhatsApp? Então nos adicione aos seus contatos: 98123-9129. Mande sua mensagem que lhe incluiremos em nossa lista de leitores.

Texto e foto: Rodrigo de Aguiar

rodrigo@papareianews.com