MOTORISTAS DE APLICATIVOS REALIZAM PROTESTO PELAS RUAS DE RIO GRANDE

  • Na parte final da mobilização, alguns dos motoristas realizaram a chamada "empurreata", onde colocaram os veículos em ponto morto e seguiam empurrando em sinal de protesto pelo aumento da gasolina. Fotos: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

Depois de participarem de um encontro estadual em Porto Alegre, motoristas de aplicativos de Rio Grande encerraram o dia nacional de paralisação com uma carreata pelas principais ruas e avenidas da cidade. A concentração dos trabalhadores aconteceu na Avenida Honório Bicalho e encerrou no pórtico da Avenida Presidente Vargas.

Na parte final da mobilização, alguns deles realizaram a chamada "empurreata", onde colocaram os veículos em ponto morto e seguiam empurrando em sinal de protesto pelo aumento da gasolina. A dispersão dos motoristas aconteceu em um posto de combustíveis, onde cada um abasteceu R$ 0,50 com direito a emissão de cupom fiscal.

O primeiro vice-presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativos de Rio Grande (Amarg), Wainer Flores, esteve em Porto Alegre e falou sobre o ato na capital e aqui no município. A saída dos participantes aconteceu às 03h da madrugada e no meio do caminho foram ganhando o apoio de trabalhadores de outras cidades da região.

20210317_174243"Chegamos em Porto Alegre e participamos de um ato estadual. Protestamos na frente das sedes das plataformas, fomos até o Palácio Piratini tentar um diálogo com o governador por conta dos altos impostos e também fomos no Ministério Público pedir que intervenha e faça uma mediação entre as empresas para tentarmos equilibrar", explicou.

"Os valores que as plataformas oferecem para os motoristas são impraticáveis, devido ao alto custo que nós temos. Nós começamos com as plataformas pagando R$ 1,16 o quilômetro rodado. Hoje elas pagam o mesmo valor em um modelo de tarifa e no outro eles baixaram para R$ 0,97. No entanto, quando começou, a gasolina estava em R$ 3,71 e hoje ela praticamente dobrou de valor e nós continuamos recebendo a mesma tarifa por quilômetro rodado", completou Flores.

Wainer também falou sobre o chamado "Uber Promo", que nada mais é do que uma promoção para os usuários e paga para o motorista o valor de R$ 0,97 pelo quilômetro rodado. "O motorista está sendo explorado e a gente não consegue correr. Eles estão nos obrigando a correr e a se sujeitar a isso. Há três anos atrás nós fazíamos R$ 100. Hoje, os mesmos R$ 100 valem R$ 63, porque a inflação está comendo R$ 37 da gente. A conta não está fechando mais", desabafou ele.

Confira no player abaixo a entrevista completa concedida por ele ao site Papareia News e a Rádio Tamandaré Online.