IFRS REALIZA OFICINA SOBRE A HISTÓRIA DO CINEMA BRASILEIRO

  • Fatimarlei Lunardelli é formada em Jornalismo, é professora e atua também como crítica de cinema. Foto: Divulgação/PMRG

O campus Rio Grande do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) promoveu, entre os dias 24 e 28 de agosto, a segunda turma da oficina História do Cinema Brasileiro, Personagens e Contextos, com a presença da jornalista, professora e crítica de cinema, Fatimarlei Lunardelli. A iniciativa é da Secretaria Estadual da Cultura em parceria com o Instituto Estadual de Cinema (Iecine).

Fatimarlei é natural de Guaporé, graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e doutorada em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, ela desempenha a função de crítica de cinema e trabalha como professora do Curso de Realização Audiovisual da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), além de possuir livros publicados sobre a temática.

De acordo com a coordenadora do projeto de extensão Offcine, professora Raquel Ferreira, a iniciativa surgiu em 2016 e partiu “da formação e da capacitação da comunidade na linguagem do audiovisual e na produção de todas as etapas da criação fílmica”, explicou. A experiência construída ao longo desses anos garantiu a criação do Núcleo de Produção Audiovisual, com o objetivo de auxiliar as produções independentes no Rio Grande do Sul.

“É uma parceria que a gente desenvolveu com a Secretaria do Audiovisual do Ministério do Turismo, onde nós estamos implementando aqui esse núcleo com equipamentos de cinema e vamos trabalhar apoiando as produções regionais independentes de cinema, a partir de editais onde o Núcleo vai ofertar, no regime de empréstimo, os equipamentos para essas produções que forem selecionadas nos nossos editais”, completou Raquel.

O Brasil é reconhecido internacionalmente por ser um grande produtor de telenovelas e para a professora, jornalista e crítica de cinema, Fatimarlei Lunardelli, o surgimento da televisão no país, no final dos anos 50 e início dos anos 60, permitiu o desenvolvimento do processo industrial de produção audiovisual. Segundo ela, um filme seria a mesma coisa que uma telenovela, porém com apenas duas horas de duração.

“Cinema é a matriz tradicional das imagens em movimento, mas hoje com certeza a palavra audiovisual dá conta melhor dessas fronteiras que praticamente não existem. A telenovela foi a nossa grande indústria audiovisual no país, principalmente pela condição econômica que não é só do Brasil, mas de todos os países periféricos em relação ao poder econômico de países industrializados que foi onde o cinema surgiu”, afirmou Fatimarlei.

A especialista também acredita que o futuro do cinema é múltiplo, porém o das salas de cinema é incerto. “O modelo de circulação e de acesso através das salas fixas de cinema, esse período economicamente já passou. Para atrair o público para as salas de cinema, o espetáculo tem que valer muito a pena, ou seja, tem que ser algo em que as pessoas só assistam ou se beneficiem da fruição dessa grande tela de cinema”, finalizou.

Confira nos players abaixo as entrevistas com as professoras Raquel Ferreira e Fatimarlei Lunardelli.

Raquel Ferreira, coordenadora do projeto de extensão Offcine

Fatimarlei Lunardelli, professora, jornalista e crítica de cinema