FEMINICÍDIOS CAEM 86% EM JULHO E REVERTEM ACUMULADO DO ANO NO RS

  • Os dados integram os indicadores criminais apresentados na manhã desta quinta-feira (13) pelo governador Eduardo Leite e pelo vice-governador e secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, em videoconferência com a as chefias de vinculadas da pasta e jornalistas. Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

O Rio Grande do Sul obteve em julho uma dupla vitória na luta por igualdade e respeito às mulheres. Além de completar o terceiro mês consecutivo com redução nos feminicídios, o declínio foi tão expressivo que conseguiu reverter para queda o cenário de alta do acumulado do ano.

Enquanto julho de 2019 teve 14 mulheres assassinadas por razões de gênero no estado, o total de vítimas no mês passado caiu 86%, para duas vítimas – o menor número para o mês em toda a série histórica, iniciada em 2012. Com essa retração profunda, a soma de feminicídios em 2020 chegou a 53, dois a menos (-4%) do que os 55 registrados no mesmo período do ano passado, interrompendo a tendência de alta que se verificou no primeiro semestre.

Os dados integram os indicadores criminais apresentados na manhã desta quinta-feira (13) pelo governador Eduardo Leite e pelo vice-governador e secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, em videoconferência com a as chefias de vinculadas da pasta e jornalistas.

O governador destacou a importância da redução nos índices de criminalidade dentro dos objetivos de deixar o estado mais atrativo e acolhedor a investidores, o que gera emprego e renda e qualidade de vida a toda a população. “Estamos em um processo de redução da criminalidade em todas as frentes do nosso estado. O processo de inflexão da curva de indicadores começou na gestão anterior, mas se acentuou neste governo e se tornou consistente e permanente. Isso nos deixa mais seguros, não somente do ponto de vista pessoal de cada gaúcho e gaúcha, mas também porque faz parte da nossa agenda de competitividade para o Rio Grande do Sul”, apontou Leite.

O vice Ranolfo ressaltou os resultados obtidos em razão de um trabalho constante. "Segurança Pública é um trabalho de continuidade, sempre aferindo e medindo as evidências científicas. Foi dessa forma que em 2019 chegamos aos menores indicadores da década e, agora em 2020, conseguimos ainda aprofundar essas reduções. Isso se resume nas três premissas do RS Seguro: integração, inteligência e investimento qualificado", afirmou.

Além do feminicídio, todos os demais indicadores de violência contra a mulher fecharam em baixa, tanto no recorte mensal quanto no acumulado. Os estupros, por exemplo, caíram 33,6% na comparação de julho deste ano, 95 casos, contra os 143 registrados no mesmo mês em 2019. Em igual leitura, as lesões corporais reduziram de 1.364 para 1.155 (-15,3%), as ameaças, de 2.739 para 2.295 (-16,2%), e as tentativas de feminicídio ficaram estáveis, com 22 casos.

O paralelo de acumulados nos primeiros sete meses em 2019 e 2020 mostra que já são quase três mil ocorrências de ameaça a menos, passando de 21.952 para 19.200 (-12,5%). Nas lesões corporais, a redução supera mil casos, de 12.056 para 10.876 (-9,8%). A soma de tentativas de feminicídio caiu de 205 para 188 (-8,3%), e de estupros, de 929 para 920 (-1%).