EXPERIMENTANDO UM RESTAURANTE FRANCÊS


Nas visitas que faço às cidades, aproveito para fazer um turismo gastronômico. Uma das experiências mais marcantes a respeito de culinária que tive foi no Restaurante Le Bateau Ivre, em Porto Alegre, localizado na Rua Tito Lívio Zambecari, 805, Bairro Mont Serrat. O restaurante tem como proprietários o Chef francês Gérard Durand e sua esposa, a gaúcha Elizete.

Gérard já teve restaurante na região da Provence na França, Arraial d’Ajuda na Bahia e em Brasília, sempre com o mesmo nome. O Chef francês é uma espécie de “faz tudo” no restaurante, de atender telefonema para reservas, como receber os clientes na porta do restaurante. Gerard é uma figura simpaticíssima, amante da F-1 e fã do piloto francês Alain Prost. Quando perguntado sobre quem foi melhor: Ayrton Senna ou Alain Prost, a resposta veio rápida: – Ayrton Senna era piloto de Stock car. Normalmente chego cedo nos restaurantes, para apreciar o ambiente e fazer amizade com os proprietários e garçons, principalmente em cozinhas que não conheço.

A entrada no restaurante já tem contato com a cozinha, sendo que esta pode ser observada pelos clientes através de uma parede envidraçada. Como era a minha primeira experiência em restaurante francês, pedi sugestão ao chef, o qual respondeu-me com uma pergunta: – De que vocês gostam? – De camarão, respondi. Gérard sugeriu Camarrón Bora-Bora ou Camarrón a Le Bateau Ivre. Optamos pelo último. Já havíamos visto a carta de vinhos e, como esperávamos eram bem caros, pois eram importados da França, Portugal e Itália. Quando estávamos para escolher o vinho mais barato, Gérard sugeriu a bebida para estreantes da gastronomia francesa……..Pensei, deve ser o vinho mais caro, da região da Provence, França. Mas Gérard nos disse que a bebida ideal para se ter o paladar perfeito do prato é………água mineral…….francesa!!!!!! Meu bolso deu um suspiro de alívio…..

Quanto ao prato escolhido, estava muito saboroso. A sobremesa que escolhemos foi “Reflêts dês Iles” (reflexo das ilhas, traduzindo), sorvete de coco Häagen-Dazs, calda de chocolate quente e xarope de hortelã. O sorvete é servido em um prato branco, com o fundo coberto com o xarope de hortelã, simbolizando a água do mar, as bolas de sorvete cobertas com o chocolate quente seriam as ilhas. O mais incrível é que as “ilhas” ficam refletidas no xarope de hortelã.

Observando as mesas, percebi que todas possuíam um peixe de porcelana. A princípio, achei que, pela forma e tamanho, fossem cinzeiros. A medida que os clientes iam saindo, percebi que se tratava de um porta-cartão……..Como paguei a conta com dinheiro, vi o pobre peixe sair engasgado da mesa!!!!!! Na saída, mais bate-papo com Gérard e fotos.

Matéria e foto: Carlos Silveira

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