A manhã de ontem foi de encontro para os mais de 20 colegas da turma 81, de 1979, do Instituto Cristo Rei. Em um almoço realizado no restaurante Egos, os ex-alunos mataram as saudades e relembraram os bons momentos vividos durante o período do Primeiro Grau, atualmente conhecido como Ensino Fundamental.

A programação começou já na tarde de sexta-feira, quando um grupo esteve reunido para visitar as instalações da escola, oportunidade em que foram recebidos pelas Irmãs Assunta e Serena. Durante o passeio entre as salas de aula, muitos momentos de emoção e de lembranças, principalmente na sala do Jardim de Infância.

Após os registros fotográficos, alguns ex-alunos percorreram o trajeto que diariamente realizavam para ir e voltar da escola, já que moravam todos nas proximidades. A caminhada terminou na casa do engenheiro químico, Carlos Silveira, local em que eram realizados os trabalhos em grupo e as brincadeiras no turno inverso ao da escola.

Para ele, a visita nas dependências da instituição foi uma experiência muito emocionante, principalmente por conta do tempo que os jovens estudantes conviveram até a conclusão da oitava série. "Subir as escadas e percorrer os corredores que levavam às salas de aula foi muito interessante. Me senti como se estivesse viajando no tempo", explicou Carlos.

Nas mãos do engenheiro e armazenada em um saco plástico, uma folha de caderno amarelada pelo tempo, guarda as assinaturas dos então formandos que naquele ano encerravam um dos ciclos mais importantes da vida escolar. Ainda conforme Silveira, a famosa lista quase foi perdida, após ter sido transformada em uma bolinha de papel.

A agitação do último dia de aula e a necessidade de guardar recordações fizeram com que Carlos a perdesse e ao procurar pela sala, acabou encontrando-a dentro do cesto de lixo. O tempo passou e hoje, 39 anos depois, ela se tornou uma das únicas formas de lembranças coletivas daquela turma.

Ontem, durante o almoço, uma nova lista criada por Silveira e um livro de presenças passaram pela mesa para documentar o reencontro e os eternos colegas prometeram seguir com a realização de atividades que permitam uma proximidade ainda maior. A festividade foi acompanhada, também, pelas professoras Tânia Brasil e Rosemary Lewandowski que lecionaram para o grupo naquela época.

De acordo com Tânia, sua chegada na instituição aconteceu em 1973, quando foi contratada para substituir uma professora que havia sido chamada em um concurso público. O contato com os alunos durou apenas um ano, mas foi o tempo suficiente para guardar ótimas lembranças.

“Eu trabalhei com eles na segunda série e na escola por apenas por um ano, pois também acabei sendo chamada em um concurso público, mas foi o tempo suficiente para criarmos uma ligação muito forte e guardarmos boas lembranças”, explicou. Quando questionada sobre os momentos vividos com a turma, a docente lembrou com muita emoção da despedida do final do ano, realizada no pátio da escola.

Para o professor de língua portuguesa, Everson Pereira, e o designer, Renato Saad, retornar à escola depois de todo esse tempo foi um momento extremamente emocionante, uma forma de resgatar as raízes. Ambos aproveitaram para agradecer a receptividade das Irmãs do Imaculado Coração de Maria que agraciaram o grupo com a degustação de saborosas uvas, na sala dos professores.

Redes sociais mobilizaram os ex-alunos

A ideia de reunir os amigos para um almoço surgiu em novembro do ano passado, a partir de postagens nas redes sociais, que lembravam os tempos de escola. Após isso, um grupo no WhatsApp foi criado e possibilitou um contato mais próximo entre eles.

"Decidimos por agendar esse encontro em janeiro por conta da disponibilidade da maioria. Muitos estão em férias nesse período e optam por vir a Rio Grande para passar o veraneio no Cassino", explicou Silveira. Em 2019, a turma completa 40 anos de formação e uma festa ainda maior já está sendo organizada.

Texto: Rodrigo de Aguiar

Foto: José Silveira

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