EMPRESÁRIOS REALIZAM CARREATA CONTRA AS MEDIDAS DE LOCKDOWN E O STF

  • Os comerciantes são completamente contrários às decisões de fechamento das atividades e das determinações do Piratini quanto ao que pode ou não ser comercializado, em uma atitude que eles consideram como ditatorial. Fotos: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

Às vésperas de completar um ano da primeira grande manifestação, comerciantes rio-grandinos realizaram, na manhã deste domingo, uma carreata contra o lockdown, as medidas implementadas pelo governador do estado, Eduardo Leite, e os recentes episódios envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF). A concentração dos participantes aconteceu na Avenida Honório Bicalho, em frente ao antigo silo da Companhia Estadual de Silos Armazéns (Cesa).

Acompanhados com bandeiras do Brasil e cartazes colados nos vidros, os empreendedores percorreram as principais ruas e avenidas, chamando a atenção da população para a pauta de reivindicações da categoria. Os comerciantes são completamente contrários às decisões de fechamento das atividades e das determinações do Piratini quanto ao que pode ou não ser comercializado, em uma atitude que eles consideram como ditatorial.

20210314_100352O empresário Daniel Borges lamentou as mortes registradas em decorrência da doença, mas também enfatizou que o momento é de união. “É um momento de aglutinação, porque está sobrando para todo o mundo. O funcionário público tem um familiar que ficou desempregado e o empresário também tem um familiar que é funcionário público. É um momento de botarmos panos quentes para tentarmos nos ajudar em nome do emprego”.

“Eu acho que a fiscalização tem que agir em cima de quem faz o errado. Quem faz o certo não pode ser punido. Eu não posso tirar o direito de uma mãe ou de um pai de família de trabalhar e levar o sustento para dentro de casa. Quando tu passas a régua por uma pessoa errada, tu acabas sendo injusto. Esse é o maior erro do governador: ele passa a régua e fecha todo mundo”, desabafou Borges.

Daniel também se manifestou em nome dos empresários quanto ao STF. “Eu acho que o STF é um descontentamento nacional. Faz muito tempo que o STF não trabalha mais pela Constituição. A gente já vem, há no mínimo uns dez anos, vivendo desmandos do STF, então é uma coisa que legalmente a gente não sabe como vai ser feito, mas o que a gente pode fazer é o que está sendo feito, ou seja, ir à rua e colocar a cara a tapa”, finalizou.