DIA DA REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR FOI MARCADO POR CAPACITAÇÃO EM RIO GRANDE

  • Manobras foram ensinadas pelos acadêmicos

De cada cem pessoas que sofrem uma parada cardiorrespiratória (PCR) 90 delas morrem antes de chegar ao hospital. A reversão deste quadro só será possível com a capacitação de boa parte da população para que possam agir da maneira correta até a chegada do socorro especializado.

Foi com este objetivo que a Liga do Trauma da FURG participou pelo terceiro ano consecutivo da programação alusiva ao Dia Nacional da Reanimação Cardiopulmonar. Neste ano as atividades aconteceram no dia 27 de agosto, nas dependências dos shoppings Partage e Praça Rio Grande, reunindo um número considerável de participantes.

Na oportunidade, as pessoas que participaram do circuito receberam instruções dos alunos do curso de Medicina e simularam nos manequins disponibilizados situações em que a manobra de reanimação seria a única maneira de salvar a vida da vítima. Os acadêmicos também explicaram que a cada minuto sem a realização da massagem as chances de sobrevivência de quem está em parada diminuem dez por cento e a partir do quinto minuto começam a surgir sequelas irreversíveis, como a perda de movimento e também de orientação.

De acordo com Gabriel Manzoni, estudante do terceiro ano e um dos organizadores do evento, a vítima em PCR tem como característica a perda do movimento ventilatório, que nada mais é do que o movimento de subir e descer do diafragma e saber o que fazer neste momento é fundamental. “A porcentagem de chance de reversão sem que ninguém saiba fazer os movimentos é de apenas dois por cento, ao passo que se as pessoas estiverem capacitadas, esse índice chega à 70%”, complementou Manzoni.

DSC_0586Participando pelo primeiro ano na condição de integrante da Liga do Trauma, a estudante do quarto ano, Carolina Schwantes, ficou muito feliz ao ter a oportunidade de repassar seus conhecimentos a uma menina de oito anos que procurou o espaço para aprender as técnicas. “Ela entrou sozinha dizendo que queria aprender. Ao final perguntei a ela se tinha entendido e pedi para que fizesse a manobra sozinha e ela conseguiu, fez tudo certinho”, acrescentou.

A acadêmica, de 23 anos, caracterizou a atividade como uma forma de ampliar o leque de conhecimento da população e assim contribuir para a diminuição dos altos índices de morte provocados pela PCR. Carolina contou, ainda, que a participação na Liga do Trauma está contribuindo consideravelmente para o seu aprendizado, além de auxiliar em sua escolha pela especialidade que seguirá ao final da faculdade.

Ao final do evento 815 rio-grandinos foram capacitados, resultado que superou as expectativas dos organizadores que planejavam um número de aproximadamente 500 pessoas. Em 2015, 8.300 pessoas receberam as instruções em todo o território nacional.

Texto: Rodrigo de Aguiar

Fotos: José Silveira

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