BIÓLOGO EXPLICA QUE LAGARTAS DA PRAÇA TAMANDARÉ SÃO TOTALMENTE INOFENSIVAS

  • De acordo com o biólogo Marcel Lucas Gantes, esses animais estão passando por um estágio larval e são completamente inofensivos

Por dia, milhares de pessoas circulam pela praça Tamandaré. No entanto, nessa época do ano, quem caminha pelas ruas internas acaba tendo que disputar espaço com pequenas lagartas que cruzam de um lado a outro dos canteiros.

Como não estamos acostumados a vê-las, a primeira reação é de estranheza e logo em seguida de medo, diante de uma possível queimadura, como acontecem nos casos envolvendo maranduvás. Mas afinal de contas, elas são ou não nocivas aos seres humanos?

De acordo com o biólogo Marcel Lucas Gantes, esses animais estão passando por um estágio larval para posteriormente se transformar em borboletas ou mariposas e são completamente inofensivos. Ele explica que diversos fatores podem contribuir para o surgimento dessa grande quantidade de lagartas, entre eles a própria primavera e a temperatura mais elevada dos últimos dias.

Ainda conforme Gantes, esse aumento significativo também pode ser um reflexo da retirada dos animais do minizoo, uma vez que as espécies que habitavam o local poderiam se alimentar dessas lagartas e por consequência auxiliavam naturalmente no controle populacional. Após uma caminhada ao redor das árvores e dos canteiros, ele conseguiu encontrar algumas delas já no estágio de pupas, ou seja, período em que começam a passar pelo processo de metamorfose para se tornar, neste caso, mariposas. “Elas são da família Hesperiidae, onde predominam as cores marrom, pastel e alaranjado. Depois do processo de transformação, se tornarão o que popularmente chamamos de mariposas”, finalizou Marcel.

No entanto, é preciso tomar alguns cuidados com outros tipos de lagartas, principalmente as taturanas, ou maranduvás, como estamos acostumados a chamar. Os acidentes envolvendo estes animais geralmente vitimam pessoas que trabalham ligadas à terra, como em hortas, por exemplo, mas também são registrados no ambiente doméstico, pois elas costumam ficar próximas aos caules de arbustos e árvores frutíferas.

Caso haja o contato com taturanas, especialistas orientam que o local atingido deve ser lavado com água corrente e sabão neutro, seguido de compressas frias ou gelo para aliviar a dor. Receitas caseiras, como pasta de dente, café, babosa, manteiga, entre outros não são recomendadas. 

Texto e foto: Rodrigo de Aguiar

rodrigo@papareianews.com