EXPOSIÇÃO TRAÇA A HISTÓRIA DO CHEVROLET OPALA, NO SHOPPING PRAÇA RIO GRANDE
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Estão expostos exemplares dos anos de 1975, 1976, 1977, 1978, 1986, 1988, 1990 e 1992. Além do Opala, a Chevrolet também fabricou a Caravan, station wagon eleita o carro do ano de 1976. Fotos: Rodrigo de Aguiar/Papareia News
Fabricado de 1968 a 1992, o Chevrolet Opala é atualmente a segunda paixão dos antigomobilistas, perdendo apenas para Fusca que se caracteriza como a porta de entrada para o hobby. Para celebrar a história do sedan, o shopping Praça Rio Grande realiza até o dia 23 de janeiro a 1º Expo Opalas Praça.
O evento é realizado em parceria com o Guardiões do Passado Automóvel Clube, fundado em Rio Grande, no ano de 2018. De acordo com o presidente, Rafael Sá Britto, o centro comercial é um grande parceiro do clube que já viabilizou a realização de pelo menos seis encontros no estacionamento, desde 2019.
Somente no mês de dezembro de 2021, segundo dados dos Departamentos de Trânsito (Detran) pelo país, mais de 1,2 mil Opalas foram vendidos e transferidos. "Tratam-se de carros que valorizaram bastante. Hoje, um deles em ótimo estado pode valer até R$ 200 mil, dependendo do modelo", explicou Britto.
Um exemplo dessa valorização são os modelos da série Collectors, as últimas cem unidades do veículo produzidas, em 1992, e que vieram com numeração de fábrica. Atualmente, Rafael tem na garagem uma Caravan 1978, mas seu grande sonho é adquirir um do modelo Super Sport (SS) ou qualquer versão fabricada entre os anos 1975 e 1979.
Ao circular pelos corredores do empreendimento é possível ter acesso a dez carros que representam diferentes anos de fabricação e a história rica desse veículo. Estão expostos exemplares dos anos de 1975, 1976, 1977, 1978, 1986, 1988, 1990 e 1992. Além do Opala, a Chevrolet também fabricou a Caravan, station wagon eleita o carro do ano de 1976.
Nesse caso, duas delas chamam a atenção na exposição: uma é a pertencente ao Museu do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) e outra é uma unidade ambulância, do ano 1988, que pertenceu a Refinaria de Petróleo Riograndense (RPR), foi doada ao Asylo e adquirida pelo médico Cezar Lima, ocasião em que passou por uma reforma de pintura.
Apelidada carinhosamente de "Furiosa", ela foi adquirida em Rio Grande e ostenta até hoje, na tampa traseira, a logomarca da extinta Guanabara Veículos. Diferente do que acontece nos dias atuais, quando uma van é comprada e transformada em ambulância, ela foi montada nessa configuração pela Chevrolet e conta com giroflex e site eletromecânica.
Se inevitalmente a Caravan do CRBM chama a atenção de quem passa pelo shopping, imagina para quem é apaixonado por Opala e demais veículos antigos. Desde que chegou em Rio Grande para ser exposta em frente ao posto do 2º Batalhão Rodoviário da Brigada Militar (BRBM), a viatura já recebeu uma fechadura nova e uma manutenção no giroflex.
Rafael explicou que ao sair da exposição, ela será levada para restauração dos faróis. Mas os cuidados não param por aí: ao final da Operação Golfinho, o Clube do Opala de Cachoeira do Sul, cidade onde está localizado o comando do 2º BRBM, já se comprometeu em realizar uma revitalização completa, incluindo o polimento da pintura.
"Ao olhar para essa caminhonete é impossível não lembrar de quando éramos crianças e de quando nossos pais eram abordados na estrada do Cassino. Enquanto os documentos eram vistoriados tinham casos de motoristas que não paravam e eram perseguidos. Depois de sermos liberados, encontrávamos mais a frente o carro que fugiu sendo interceptado por uma dessas", lembrou Britto.
A exposição segue até o dia 23 de janeiro, mas neste sábado parte do acervo será trocada para que outras raridades possam ser conhecidas pelos visitantes.