Fé e devoção marcaram a manhã de homenagens à São Pedro na cidade do Rio Grande. As comemorações alusivas à data tiveram início logo cedo, com a realização de uma celebração na Catedral e foram seguidas pela tradicional procissão e de uma missa campal, no largo Barbosa Coelho. Nem mesmo a chuva foi capaz de afastar os fiéis que louvaram o padroeiro nesta quinta-feira.

A imagem percorreu as principais ruas da zona central e durante sua peregrinação, pessoas aproveitavam para tocar, agradecer e renovar os pedidos de proteção. Um dos momentos mais importantes aconteceu em frente ao prédio da Colônia de Pescadores Z1, onde os trabalhadores receberam a benção do bispo Dom Ricardo Hoepers.

A procissão passou também nos hospitais Santa Casa e Universitário, oportunidade em que os funcionários e parentes dos pacientes internados receberam de Hoepers uma palavra de fé e de apoio. O chefe da Diocese do Rio Grande, além de agradecer ao corpo clínico de ambas instituições pelos serviços prestados, fez ainda referência aos estudantes de Medicina da FURG.

No Rincão da Cebola, Hoepers, o bispo emérito, Dom José Mário, e o pároco da Catedral, padre Rafael Colvara, cumprimentaram e abençoaram pescadores que estavam com as embarcações atracadas naquela localidade. Já no largo Barbosa Coelho, uma missa campal encerrou as atividades religiosas da manhã.

Para o padre Rafael Colvara, celebrar a data significa resgatar a importância da fé. Pelo fato de São Pedro também ser considerado o padroeiro dos pescadores, o pároco chamou a atenção para a necessidade da valorização da atividade pesqueira e dos próprios trabalhadores que saem ao mar para buscar o seu próprio sustento e o de seus familiares.

A servente Maria da Graça foi uma das pessoas que enfrentou a chuva e marcou presença nas comemorações da manhã. Acompanhada do marido, Marcos Oliveira, a moradora do bairro Santa Tereza avaliou positivamente o evento e aproveitou a caminhada e a missa para pedir saúde e proteção para toda a família. “Para mim todos os anos são bons. Minha família toda é católica e por conta disso acompanho há muito tempo, quase cinquenta anos”, explicou ela.

Apesar da instabilidade, no local foi realizada ainda a Festa do Pescador, evento organizado pelo Executivo Municipal e que contou com a comercialização da anchova assada na brasa. Para esta edição, foram disponibilizadas 1.300 unidades do pescado que era servido acompanhado de pão, limão e vinagrete.

De acordo com Jesué Borges, integrante da Associação dos Pescadores da Vila São Miguel – APESMI, os assadores deram início ao trabalho por volta de 6h da manhã e o segredo para o sucesso do prato está baseado na calma e na vontade de fazer o melhor possível para agradar o paladar dos visitantes.

Cada unidade foi comercializada ao valor de R$ 17,00 e para temperar as anchovas, os pescadores utilizam apenas sal fino e pimenta calabresa.   

Texto e fotos: Rodrigo de Aguiar

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