AVANÇA A TENTATIVA DE SALVAÇÃO DO PROJETO DA UTE RIO GRANDE

  • Recentemente, o Grupo Cobra adquiriu a UTE Rio Grande. O negócio, no entanto, está atrelado à liberação das licenças ambientais e da outorga para a construção. Foto: Divulgação/Roberto Witter

Avançou nos últimos dias a tentativa de salvar o projeto da UTE Rio Grande. Nesta terça-feira (17), o Grupo Cobra, da Espanha, realizou uma videoconferência com o secretário estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura, Artur Lemos, com o deputado estadual Fábio Branco (MDB), com o superintendente dos Portos, Fernando Estima, e com a presidente da Fepam, Marjorie Kauffmann. Na semana passada, uma reunião já havia ocorrido em Brasília, na sede da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Em 2014, o Grupo Bolognesi venceu o Leilão de Energia para a construção da Usina Termelétrica Rio Grande S.A (UTE Rio Grande), baseada em terminal GNL. A data contratual para a entrega de energia era 1º de janeiro de 2019. No entanto, a obra sequer começou em razão de entraves no licenciamento.

Diante do impasse, a Aneel revogou a outorga em 2017. De lá para cá, os empreendedores, o Governo do Estado, a Prefeitura e a Federação das Indústrias do Estado (FIERGS) tentam que a Aneel reconsidere a decisão. O pedido está sob análise da agência reguladora.

Recentemente, o Grupo Cobra adquiriu a UTE Rio Grande. O negócio, no entanto, está atrelado à liberação das licenças ambientais e da outorga para a construção. Na semana passada, em Brasília, o governador Eduardo Leite (PSDB), o deputado Fábio Branco e uma comitiva de lideranças do Estado pediram novamente que a Aneel revisasse a decisão anterior e concedesse novamente a outorga.

“Dessa vez, a direção do órgão concordou em dar mais prazo para que os empreendedores apontem a viabilidade de construção da UTE Rio Grande. Agora, estamos correndo contra o tempo. Na videoconferência com os espanhóis, alinhamos as informações. Como o projeto foi alterado significativamente, o Grupo Cobra vai atualizar o pedido do licenciamento e remeter novamente ao Estado. A partir daí, o Governo se comprometeu em priorizar essa análise da documentação”, explicou o deputado Fábio Branco, que acompanha desde o início as tratativas.

O projeto da UTE Rio Grande prevê produzir 1.238 MW de energia e gerar 3,5 mil empregos no pico da construção, além de 150 empregos posteriormente, durante a operação. “A UTE Rio Grande é a única chance que temos de suprir a demanda por gás natural, que hoje é um entrave para a instalação de diversos empreendimentos no Estado e na região. É um projeto prioritário para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul”, avaliou Fábio.