PREFEITURA REALIZA COLETIVA DE IMPRENSA PARA ATUALIZAR OS DADOS SOBRE O CORONAVÍRUS

  • Rio Grande possui nove casos supeitos que se encaixam no protocolo do Ministério da Saúde, mas até o momento nenhum deles foi confirmado. Foto: Marcos Jatahy/PMRG

A Prefeitura Municipal realizou, na manhã desta quinta-feira, uma coletiva de imprensa para atualizar as informações sobre o coronavírus na cidade do Rio Grande, bem como medidas emergenciais para evitar a disseminação da doença. A entrevista foi conduzida pelo prefeito Alexandre Lindenmeyer, acompanhada pelo secretário municipal de saúde, Maicon Lemos, o vice-prefeito e coordenador da Defesa Civil, Paulo Renato Mattos Gomes, e o vereador líder da bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara, Rovan Castro.

Lindenmeyer explicou que desde o mês de janeiro, quando começaram as primeiras notícias sobre o coronavírus, estão sendo adotadas medidas de diálogo com os setores da comunidade para que o tema não seja tratado com desdém. Em razão do problema, o município editou o decreto 17.045/2020, onde consta a decretação do estado de emergência e ações que podem ser intensificadas em casos de necessidade justificada.

No artigo terceiro, por exemplo, fica vedado o acesso a estabelecimentos comerciais ou lugares públicos que produzam aglomerações, como praças, salões de festas, salas de cinemas, casas noturnas, shoppings, entre outros. Estão autorizados os funcionamentos de serviços de teleentrega localizados nesses estabalecimentos. As indústrias deverão adotar planos de redução e controle nos locais de trabalho e de atendimento ao público.

"Com relação ao setor da indústria, nós ainda teremos mais uma conversa com o seguimento para que haja uma radicalização em relação a esses controles às aglomerações, a necessidade de redução de atividades por conta do risco de propagação que existe nesses espaços também", alertou Lindenmeyer. Pelo decreto, aos templos e casas religiosas fica recomendada a não realização de atividades com aglomeração de público. 

"Nós faremos o fechamento de algumas repartições, preservaremos as atividades das secretarias essenciais, mas dentro de um trabalho remoto, onde procuraremos otimizar e criar uma outra cultura entre nós gestores, secretarias e seus servidores através do meio digital", explicou. "Se houver necessidade, nós estaremos fazendo outras alterações para nos adequarmos a esse problema que impacta o mundo como um todo", completou.

O secretário de saúde, Maicon Lemos, disse que o decreto foi baseado em dados epidemiológicos e nas orientações de diversos profissionais da área da saúde. "Nós, enquanto autoridade sanitária de saúde, temos que prover meios para evitar o máximo de pessoas com possível contaminação e assim também um desgaste do serviço de atendimento em saúde", reforçou.

Atualmente, Rio Grande possui nove casos supeitos que se encaixam no protocolo do Ministério da Saúde, mas até o momento nenhum deles foi confirmado. Ainda conforme Lemos, esses casos suspeitos aguardam o resultado dos exames que foram encaminhados ao Laboratório Central (Lacen), em Porto Alegre, que já registra uma sobrecarga bastante alta, mas a medida que os resultados sejam obitidos serão atualizados os dados para a comunidade.