Hoje escutamos em muitos lugares que estamos em falta de líderes que realmente sejam inspiradores nas nossas organizações empresariais, setoriais, filantrópicas e até mesmo religiosas. Uma falta de ânimo e engajamento está tomando conta dos muitos lugares que participamos. De fato, depois da eclosão da pandemia de COVID-19 sentimos muito essa carga negativa das pessoas em um mundo de polarizações que em parte nos isola de uma reflexão racional.

Com isso, aqueles que seguimos como referência deixam a desejar em muitos momentos, quando fazemos uma reflexão mais racional.Apesar desse quadro relatado, existe aí um grande ponto que merece nossa atenção. A evidente necessidade de cuidado com o planeta em que habitamos fez diversas organizações, puxadas pelo Pacto Global das Organização das Nações Unidas (ONU), ancorarem a sigla ESG, que em inglês significa as práticas Environmental (Ambientais), Social (Sociais) e Governance (de Governança) de uma organização.

O grande impacto está na tomada de decisão, principalmente de investidores e de agências fomentadoras internacionais, que levam em consideração o quanto as organizações estão implementando essas práticas em suas estratégias de tomada de decisão. Para colocar metas que conduzam esse processo nas organizações, é preciso também compreender os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) que reúnem os grandes desafios e vulnerabilidades da sociedade e pede respostas às organizações de diferentes setores.

Esse grande movimento precisa de líderes engajados que façam a ponte entre as propostas apresentadas e a realidade. Esses líderes, se forem do setor público, necessitam utilizar o espaço que têm para desenvolverem políticas públicas que estejam de acordo com essa realidade, como exemplo utilizar das ODS como pilares para a elaboração de seus projetos nos poderes executivo e legislativo.

Da mesma forma, para se ter influência no mercado os líderes empresariais precisam estar atentos a este movimento e compreender de forma clara como podem oferecer produtos e serviços que levem em consideração as políticas de ESG no processo ou na entrega, de forma que gerem valor aos seus negócios.

Se observarmos esse quadro temos uma grande oportunidade de criação de lideranças para reanimar e engajar a sociedade em um movimento de transformação, que comece com práticas de mudanças locais e comunitárias através das suas organizações. Entender esse processo e passar confiança na geração de valor permitirá que pessoas encontrem personalidades para se confiar e se inspirar e assim realizarem suas contribuições nas organizações que fazem parte. Desta forma construímos juntos um mundo melhor.

Bruno Soares Rios

Administrador e Consultor de Negócios

CRA RS 052472/O