ARTESÃS APOSTAM NO ARTESANATO TEMÁTICO E UTILITÁRIO DURANTE O FESTIMAR

  • Marta (E) e Neiva (D) trabalham com artesanato temático há pelo menos dez anos. Fotos: Rodrigo de Aguiar/Papareia News e Acervo/Neiva Gonçalves

O artesanato local é um dos pontos de valorização trazidos pelo Festimar. Por isso, quem circular pelo Mercado Público ao longo dos dias de Festival terá a oportunidade de conhecer o trabalho de diversos artesãos que estão expostos para comercialização no chalé localizado à direita de quem entra pela Rua General Osório.

No espaço, é possível encontrar uma grande variedade de opções que vão além do chocolate para presentear nesta Páscoa. Motivadas pelo propósito do evento, as artesãs Neiva Gonçalves e Marta De Carli apostaram no artesanato temático e utilitário para divulgar as potencialidades turísticas de Rio Grande.

Dentro de cada uma das técnicas de trabalho, elas buscam ofertar ítens únicos e que trazem a essência do município, seja na sua arquitetura, fauna e costumes. Expostos ao redor de uma das extremidades do chalé, as peças feitas por Neiva em vidrofusão e por Marta com a sublimação em azulejos destacam a cidade do Rio Grande.

FB_IMG_1680455393834Independente da forma de produção, as artesãs contam que trabalhar com peças temáticas permite conhecer mais sobre a história do município e assim enriquecer o material. Alguns dos itens também são acompanhados de um breve relato sobre a construção, no caso de prédios e monumentos, ou ocorrência, como os leões-marinhos.

Neiva começou o artesanato temático há pelo menos dez anos com a utilização de escamas de peixe e migrou para o trabalho com o vidro por ser uma paixão antiga. No caso de Marta, o trabalho iniciou por conta da procura dos turistas por materiais que servissem como souvenirs da cidade.

A vidrofusão ou vitrofusão consiste em submeter o vidro a uma temperatura elevada que é capaz de modificar sua estrutura molecular e criar efeitos únicos. O forno onde as peças são colocadas trabalha a uma temperatura de 800°C, o que permite dar ao vidro um aspecto arredondado às bordas sem a necessidade de lapidação.

Trabalhar com esse tipo de artesanato permite a reutilização de materiais, como é o caso de um tampo de vidro de mesa quebrado que Neiva transformou em outras várias peças de decoração. Além disso, ela também trabalha com pintura artística, submetendo a tinta a uma temperatura de 600ºC para que ela se funda com o vidro e aumente sua resistência.

20230401_202626Já sobre a sublimação em azulejos, Marta contou que conheceu a técnica e foi em busca de mais informações. Ela iniciou fazendo as peças com gravuras cotidianas e em seguida passou a fazer com imagens da cidade. O azulejo é específico para essa técnica e a fotografia precisa possuir uma boa qualidade.

Para divulgar as belezas locais, ela conta com a parceria de fotógrafos que gentilmente cedem as imagens para divulgação e recebem os créditos no material. Interessados em contribuir com o trabalho de Marta e divulgar suas imagens podem enviar fotos para o e-mail martadecarli.mdc@gmail.com.

Um dos objetivos do artesanato de Marta é que ele possa servir para quem vier a adquiri-lo. “No meu artesanato eu gosto que a peça seja utilitária, pois além de levar uma lembrança da cidade, a pessoa poderá utilizá-lo dentro de casa”, disse ela ao mostrar um porta-chaves com imagens da cidade.

O artesanato no Festimar estará aberto diariamente das 09h às 22h.