A vida da menina Ysabelly, de apenas dois anos, foi salva por policiais militares do pelotão de motos do 2º Batalhão Rodoviário da Brigada Militar (BRBM), na manhã deste domingo (15), em Rio Grande. Eram 07h36, quando o carro da família chegou em frente ao posto da 4ª Companhia (Cia), localizado no km 11 da ERS 734.

Naquele momento, a menina estava desacordada e sem conseguir respirar. Ao perceberem a gravidade da situação, os soldados Elmo e Douglas rapidamente deram início a tentativa de desobstrução das vias aéreas da criança, utilizando a técnica conhecida como manobra de Heimlich, onde são dadas cinco palmadas com a base da mão nas costas.

As primeiras tentativas acabaram não surtindo o efeito desejado e os policiais permaneceram realizando a manobra até que a menina conseguisse voltar a respirar. Câmeras de videomonitoramento do posto da 4ª Cia mostram que os militares permaneceram por mais de um minuto fazendo os procedimentos até ela voltar a si.

Na sequência e com a situação já normalizada, os pais foram orientados a procurar atendimento médico especializado para verificar as condições de saúde da menina. No final da manhã, os mesmos policiais foram surpreendidos pela visita da família que foi até o local para agradecer pelo auxílio que foi fundamental para a reversão do quadro.

Trabalhando na Brigada Militar há 16 anos, o soldado Elmo, que na filmagem aparece próximo das bandeiras, contou que nunca tinha vivenciado uma situação como essa e, ao perceber a velocidade com que o carro chegou no posto, logo associou que estaria diante de uma emergência, mas nunca imaginou que seria com uma criança.

“Ao ver o pai com a pequena Ysabelly sem respirar, apenas pensei que tinha que salvar ela. Em instantes lembrei de todo o treinamento que tive ao longo desses 16 anos de Brigada Militar e comecei o procedimento de primeiros socorros realizando a manobra de Heimlich, até que senti ela dar os primeiros sinais de retorno”, lembrou o policial.

O soldado Douglas integra a corporação há dez anos e assim como Elmo também não tinha passado por uma situação semelhante. Ele contou que estava assumindo o serviço naquele momento e ao ver o veículo estacionado foi em direção ao pai da menina para dar o primeiro atendimento, pois percebeu que ele precisava de ajuda.

Perguntado sobre o sentimento após o socorro, Douglas atribuiu a fé e destacou a presença do colega naquele instante. “Parecia que eu estava sendo guiado. A presença do colega também foi muito importante naquele momento e acredito que para ele a minha presença também contribuiu para que salvássemos a pequena Ysabelly”, afirmou o militar.