A Penitenciária Estadual do Rio Grande (Perg) está sendo alvo, na manhã desta segunda-feira (5), de uma operação coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP). A ação, batizada de Operação Perg, tem como objetivo apurar a existência de uma associação criminosa sediada no município e voltada ao cometimento de tráfico de drogas e ao envio de telefones celulares para o interior da unidade.

Segundo o MP, o grupo criminoso estaria por trás do aumento da violência registrada na cidade em 2022. Para vasculhar todas as celas dos quatro pavilhões, em busca de armas, munições, celulares, dinheiro, drogas, documentos e anotações, os agentes contam com o apoio da Brigada Militar, por meio dos efetivos do 4º e 6º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e do 3º e 5º Batalhão de Polícia de Choque (BPChq).

As investigações tiveram início há pelo menos três meses e uma das descobertas foi a de que os criminosos utilizavam drones para fazer o transporte de celulares, carregadores e entorpecentes para dentro da penitenciária. Dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen) mostram que apenas neste ano foram registradas 21 ocorrências envolvendo drones na Perg, enquanto em 2021 foram apenas duas.

De acordo com o coordenador do núcleo região sul do Gaeco, Rogério Meirelles Caldas, após o andamento das investigações foi solicitado ao poder judiciário o cumprimento de 58 mandados de busca e apreensão diretamente nas celas. “A intenção é apreender celulares, drogas e outros equipamentos que ajudem a investigação, que está para desmantelar essa associação criminosa, que tem feito da Penitenciária Estadual do Rio Grande um escritório do crime”, afirmou.