SIMULAÇÃO DE ASSALTO AO BANCO DO BRASIL DE PELOTAS INTEGRA FORÇAS DA SEGURANÇA PÚBLICA

  • Homens encapuzados, armamento pesado, munições de festim e granadas deixaram o cenário ainda mais próximo da realidade. Fotos: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

Pelotas, 21 de novembro de 2022, às 22h. A cidade vivenciava um dia normal até a sala de operações do 4° Batalhão de Polícia Militar (BPM) receber uma ligação dando conta de um assalto na agência do Banco do Brasil, na esquina das ruas General Osório com Lobo da Costa. “Tão assaltando o banco aqui moça, o Banco do Brasil da Lobo da Costa. Tem como mandar alguém aqui, pelo amor de Deus?”, dizia a solicitante via 190.

20221121_221017No local, homens fortemente armados chegaram com o objetivo de arrombar os caixas eletrônicos. Agindo na modalidade conhecida como "Novo Cangaço", onde é promovido o domínio da cidade, eles fizeram pessoas que estavam próximas de reféns e montaram com elas um cordão humano para impedir a aproximação da polícia.

Homens encapuzados, armamento pesado, munições de festim e granadas deixaram o cenário ainda mais próximo da realidade. Enquanto os bandidos agiam, a Brigada Militar planejava o cerco, a partir do acionamento do chamado Plano de Defesa da Cidade (PDC). Na cena, uma das reféns que tentou fugir foi atingida por um disparo e precisou ser socorrida.

Em imagens gravadas nos últimos dias e exibidas no telão, montado em frente à agência, a comunidade pelotense, que compareceu em bom número, acompanhou a obstrução dos portões dos quartéis do 4° BPM e do 5° Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), com o uso de caminhões, para dificultar a saída das viaturas.

20221121_222319Com o subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Douglas da Rosa Soares, avisado sobre a ocorrência, as forças passaram a se mobilizar para iniciar o trabalho conjunto visando a localização e a prisão dos assaltantes. Todos os envolvidos, até mesmo os ladrões, são integrantes da segurança pública.

Após cerca de 30 minutos de atuação no interior da agência, os homens começaram a carregar o dinheiro nos três veículos utilizados para o roubo. Com as armas para fora da janela para intimidar a população, eles fugiram em direção à zona rural levando junto todos os reféns na caçamba de uma caminhonete.

Depois disso, a simulação teve sequência com a chegada de equipes da Polícia Civil e da Polícia Federal, as quais fizeram o acionamento do Instituto-Geral de Perícias (IGP). O exercício permitiu que a população observasse exatamente o momento de atuação de cada uma das instituições no atendimento da ocorrência.

20221121_222534A atividade foi concluída com a prisão dos bandidos, em uma área de vegetação na zona rural de Pelotas. Na situação simulada, um dos assaltantes terminou morto, após confronto com a Brigada Militar, e todo o dinheiro levado da agência foi recuperado. Os reféns que haviam sido levados pelos criminosos foram sendo liberados ao longo da fuga.

As imagens das buscas dos assaltantes foram apresentadas no telão, enquanto o helicóptero Koala do Batalhão de Aviação (BAvBM) sobrevoava a zona central simulando esse trabalho. Toda a encenação foi acompanhada por diversas autoridades, entre elas a prefeita municipal, Paula Mascarenhas.

Coletiva de imprensa, na sede do CRPOSul antecedeu o exercício

Antes do início da simulação, a imprensa foi recebida na sede do CRPOSul para uma entrevista coletiva que detalhou todos os passos da atividade. Representantes de todas as instituições envolvidas estavam presentes, entre eles o subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Douglas da Rosa Soares.

20221121_211258“Estamos aqui irmanados para demonstrar a grandeza dos órgãos da segurança pública do Rio Grande do Sul. No estado, o roubo na modalidade novo cangaço foi praticamente extirpado e o que vamos simular aqui é uma repressão qualificada desse modo criminoso de atuação”, enfatizou Soares.

Pelotas foi escolhida por ser a cidade mais populosa da região, possuir pujança econômica e por contar com um centro regional de distribuição de dinheiro. O planejamento para a simulação foi de aproximadamente 30 dias e contou com o apoio de uma companhia teatral pelotense que utilizou alguns de seus atores para atuarem como reféns.

Confira nos players abaixo as entrevistas completas com o comandante do CRPOSul, coronel Cláudio de Azevedo Goggia, e do subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Douglas da Rosa Soares.

Comandante do CRPOSul

Subcomandante-geral da Brigada Militar