Uma modalidade de policiamento que se destaca, não por ser melhor do que as demais, mas sim pelos meios empregados. A ostensividade é uma característica da atividade preventiva desenvolvida pela Brigada Militar e na Fenadoce uma das técnicas utilizadas para ampliar a sensação de segurança dos visitantes é a do policiamento montado.

De acordo com o comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva Sul (CRPOSul), tenente-coronel Cláudio de Azevedo Goggia, os policiais ficam posicionados em um patamar mais elevado, possibilitando uma maior visualização do entorno e inibindo a atuação criminosa do agente. A vida profissional do oficial foi trilhada nessa área, inclusive com diversos prêmios.

“A Cavalaria tem dois aspectos: ao mesmo tempo que ela aproxima as pessoas de bem, que chegam para tirar fotos e acariciar os cavalos, ela também afasta as pessoas do mal que estão se manifestando e indo de encontro à organização social, porque ela realmente avança, vem a galope e faz as cargas de Cavalaria”, explicou Goggia.

Atualmente, as unidades especializadas estão sediadas em Porto Alegre, Passo Fundo, Santana do Livramento e Santa Maria. Assim como no policiamento com cães, onde os animais são extremamente dóceis, mas a partir de um comando do policial passam a adotar uma postura diferente, com a Cavalaria a situação é a mesma, pois os cavalos também passam por um treinamento especial.

“Eles treinam muito esse aspecto de manifestações, estouros de agentes químicos, fogo e transposição de obstáculos fixos para que nada venha a ocorrer com ele em alguma ação e não coloque em risco os demais. O cavalo age por imitação, então aquele que ficar com receio de avançar em algum momento, se ele retornar os outros irão retornar”, contou Azevedo.

Além de realizar o policiamento em eventos e no litoral durante a temporada de verão, a modalidade montada também é muito utilizada na contenção de protestos e situações de descontrole. Por conta disso, a conexão com os batalhões de choque é fundamental para a retomada da ordem e da paz social.

“A Cavalaria é importantíssima em um distúrbio civil. A gente age junto com os batalhões de choque. Se precisar desobstruir um local, primeiro se utilizam os agentes químicos e depois a tropa de choque abre e passa a cavalaria à frente e as pessoas, pelo medo e respeito, se põem em disparada”, finalizou Goggia.

Clique no player abaixo para conferir a entrevista completa concedida pelo comandante do CRPOSul, tenente-coronel Cláudio de Azevedo Goggia, sobre o policiamento montado.